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Nacional
Sábado - 12 de Fevereiro de 2005 às 22:50
Por: Cida Fontes/James Allen

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Brasília - No esforço final para consolidar a vitória do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara, o PT se uniu hoje à ala governista do PMDB, que formalizou à executiva nacional do partido um pedido para impugnar oito filiações feitas pelo ex-governador Anthony Garotinho.

Depois de se reunir com o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, e com o líder do PMDB na Câmara, José Borba (PR), o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), encaminhou ofício à direção nacional do partido pedindo informações sobre a situação dos parlamentares.

A estratégia é minar Garotinho que, com as novas filiações, acumulou mais poder no PMDB e atua para destituir Borba da liderança. Na avaliação dos governistas, os problemas internos no PMDB estão respingando diretamente na candidatura de Greenhalgh e, sem o socorro do Planalto, é impossível controlar o apoio ao candidato oficial numa votação secreta.

A impugnação pode atingir também o deputado Inocêncio Oliveira (PE) que, embora não seja ligado a Garotinho, irritou a bancada por lançar sua candidatura à primeira secretaria da Câmara, rachando ainda mais o partido.

Os reflexos do troca-troca partidário que mexe, sobretudo, com as bancadas do PMDB e PTB foi um dos assuntos discutidos na reunião de avaliação da candidatura de Greenhalgh realizada ontem pela manhã, com a participação do candidato oficial , de João Paulo e dos líderes de partidos aliados. Foi definida uma lista de deputados que serão abordados pessoalmente por Greenhalgh. "Vamos assegurar a vitória em primeiro turno", disse ele.v Hoje, o presidente do PT, José Genoino, esteve com o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), e ouviu dele que a maioria da bancada estará apoiando o candidato do governo. Na antevéspera da eleição, o clima de disputa se acirrou.

Os adversários de Greenhalgh acusaram João Paulo Cunha de ter usado a máquina administrativa ao realizar café da manhã com dez ministros na sua residência oficial para organizar o apoio do candidato governista. "Não estou usando a máquina", rebateu João Paulo. Segundo ele, as despesas ficaram por conta dos deputados.




Fonte: Agência Estado

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