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Sexta - 07 de Janeiro de 2005 às 15:37
Por: Elizabeth Lopes

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São Paulo - Cinco dias depois de tomar posse na Prefeitura, o tucano José Serra colocou em prática um de seus principais planos de governo, a parceria com o Estado para a reativação do programa Dose Certa, que distribui 40 tipos de remédios gratuitamente nos postos de saúde da Capital. Após assinatura de convênio para que o Estado volte a fornecer remédios para a Prefeitura, ocorrida na manhã de hoje na sede da Fundação para o Remédio Popular (Furp), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a ação do Estado com a Prefeitura será como a dupla de jogadores Ronaldo e Ronaldinho: "Quicou na área vai para o gol."

O prefeito José Serra também destacou a importância dessa parceria e disse que este é apenas o primeiro passo "sincronizado" neste setor. O prefeito criticou a gestão da petista Marta Suplicy, dizendo que foi um erro ela ter acabado com este convênio. "Iniciamos o reabastecimento de medicamento à população necessitada, mas vamos ter de expandir mais a oferta e regular a demanda", destacou. No seu entender, a logística será fundamental para o abastecimento dos 400 postos de saúde do município.

Pelo convênio, assinado também pelos secretários de saúde do Estado e município, Roberto Barradas e Cláudio Luiz Lottenberg, os remédios já começam a ser fornecidos hoje e as 400 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Prefeitura receberão por mês cerca de 23 milhões de unidades de remédios, num montante de cerca de R$ 1,9 milhão. Segundo informações do governador, os 40 tipos de medicamentos que estão sendo distribuídos correspondem a 85% da demanda da população. "Além disso, temos a garantia da Furp que é o maior laboratório estatal do País."

No final de 2003, a administração da ex-prefeita Marta Suplicy suspendeu o convênio com o governo do Estado e a Capital passou a ser o único dos 645 municípios de São Paulo a ficar fora do programa. Os medicamentos do Dose Certa atendem doenças mais comuns, tais como diabetes e pressão alta. Serra disse também que seu governo não fará distribuição de medicamentos pelo Correio. O secretário Lottenberg disse que sua pasta já está estudando o assunto e criando protocolos para enquadrar os pacientes. "Não se pode encaminhar medicamento pelo Correio para pacientes que não tenham controles mínimos, pois isso seria uma imprudência", exemplificou.

Tudo azul

A sintonia entre Prefeitura e governo do Estado, firmada na manhã de hoje na assinatura de convênio para a distribuição de medicamentos dentro do programa Dose Certa, não ocorreu apenas na parte administrativa. Alckmin, Serra, Lottenberg e o secretário estadual da Casa Civil, Arnaldo Madeira, trajavam camisa azul. Indagado se eles haviam combinado o traje, Madeira brincou: "É o azul dos tucanos." E Barradas, que trajava uma camisa branca, o único do grupo que não estava de azul, retrucou: "Puxa, esqueceram de me avisar."




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