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Empresários de MT organizam rodadas internacionais de negócios
O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) está finalizando os contatos com as câmaras de comércio e federações de industria e comércio da Bolívia, Peru e Chile, para que organizem encontros de negócios com os empresários locais. Estes países serão visitados durante a Expedição Estradeiro 4 Internacional entre 22 de janeiro de 1° de fevereiro, período em que haverá reuniões com autoridades para discutir barreiras que possam estar emperrando as relações.
O incremento das vendas e compras de produtos e serviços entre Mato Grosso e esses países, o estudo de rotas pelas quais nossos produtos poderão ser exportados pelo Pacífico para o Oriente através de portos do Peru e Chile, estarão em discussão e análise durante os contatos feitos pela comitiva liderada pelo governador Blairo Maggi e que será composta por secretários de Estado, empresários, diplomatas e jornalistas.
E o potencial de negócios com esses países é bastante amplo, como pôde ser observado em setembro passado em Santa Cruz de La Sierra, durante a 29° edição da Expocruz. O coordenador do CIN, Gavur Kirst, esteve presente à feira, que é um dos maiores eventos da América do Sul. Em sua sala na sede da Fiemt, em Cuiabá, em cima de uma estante descansa um pequeno equipamento trazido por Gavur de Santa Cruz. É um estabilizador de tensão para computadores.
"Os fabricantes estão à procura de representantes para o aparelho tanto para o Mato Grosso como para o Brasil", diz Gavur, que recebeu a incumbência de identificar as áreas de interesse comercial. Importar, segundo ele, também é um bom negócio, além de vender. Estimula a concorrência, a competitividade entre as empresas e quem sai ganhando é o consumidor que pode escolher produtos bons, preços acessíveis e de boa qualidade.
Entre os empresários que farão parte da comitiva estão representantes do setor madeireiro de Mato Grosso. E a madeira produzida na região de San Mathias, Bolívia, a menos de 600 km de Cuiabá, interessa muito ao setor. Para as indústrias instaladas na Baixada Cuiabana, a distância para San Mathias é mais curta do que Aripuanã, região Noroeste do Estado e que fica a 1.002 km da capital. Além do fato de que algumas espécies de madeira começarem a escassear no Estado, o Mogno, por exemplo, não pode ser exportado de nosso país.
Mas pode ser comprado na Bolívia para ser utilizado aqui ou até mesmo ser exportado, já que não foi retirada da floresta brasileira, segundo Gavur Kirst. "Algumas madeireiras de Juína e de Sinop também já mostraram interesse em comprar madeira da Bolívia. Entre a segunda metade de novembro e durante dezembro, os empresários já se reuniram duas vezes na Bolívia e em Mato Grosso", diz o coordenador.
O potencial na área de Turismo também já foi mapeado e será discutido nos encontros. Nas regiões de San Mathias, San Inácio e Santa Cruz de La Sierra estão localizadas as missões jesuíticas, que poderiam ser exploradas turisticamente. "Em todas as cidades que fizerem parte do trajeto vamos tentar fechar acordos para levar turistas brasileiros e trazer turistas destes países", anuncia Gavur Kirst.
Nos contatos, além das metas de acordos para exportação e importação de produtos, estará em estudo o enorme potencial que o setor de serviços oferece. Em algumas regiões dos três países existe carência de infra-estrutura em estradas, energia elétrica e saneamento. "Isso pode interessar muito aos empresários de construção civil do Brasil", observa o coordenador.
MINÉRIOS
Além dos produtos agropecuários mato-grossenses, como soja, algodão e carnes, a produção mineral também poderá ser exportada pelos portos peruanos (Arequipa, Matarani) e chilenos (Arica Iquique). "Empresas daqui poderiam investir na área da mineração nesses países, principalmente na Bolívia. Já temos empresas de Mato Grosso que trazem zinco do Peru", informa Gavur.
Como o Peru e o Chile também são grandes produtores de pescados e frutos do mar e Mato Grosso por possuir o maior rebanho bovino do país almeja aumentar a exportação de carne, crescem as possibilidades de se incrementar os negócios com a troca destes produtos. Insumos para a agricultura produzidos no Chile, Peru e em parte da Bolívia interessam também aos produtores de Mato Grosso.
As possibilidades de negócios, que são em mão-dupla, estão também no setor da fruticultura. Nossos produtos tropicais poderiam ser vendidos para estes países, assim como eles podem vender para nós frutas produzidas num clima temperado, como o pêssego e o kiwi.
Outro projeto que será estudado durante as visitas é a possibilidade de enviar o álcool produzido no Estado para mercados como o Japão e China. "Temos que começar a nos preparar. Nos próximos anos estes países tendem a comprar álcool para adicionar à gasolina para reduzir a poluição", informa o coordenador do Centro Internacional de Negócios. O CIN também irá verificar o mercado para as pequenas indústrias e empresas comerciais de Mato Grosso, em áreas diversas, como nos setores têxtil, de artesanato e de alimentos.
AVIAÇÃO
A abertura de linhas regulares de transporte por ônibus e avião entre Mato Grosso e a Bolívia também será discutida. Só para exemplificar, o empresário que tiver que viajar de avião para Santa Cruz de La Sierra para fazer negócios, precisa se deslocar primeiro para São Paulo, dormir naquela capital, apanhar outro vôo que fará escalas em Buenos Aires (Argentina) e Assunção (Paraguai), antes de chegar em Santa Cruz, que é a maior cidade boliviana. Isso tudo leva de sete a oito horas.
"Santa Cruz é com se fosse a São Paulo da Bolívia. Por ali passam todos os vôos internacionais", diz Gavur Kirst, ressaltando a importância de se criar uma rota área para aquela cidade, que fica a apenas uma hora de vôo de Cuiabá.
O incremento das vendas e compras de produtos e serviços entre Mato Grosso e esses países, o estudo de rotas pelas quais nossos produtos poderão ser exportados pelo Pacífico para o Oriente através de portos do Peru e Chile, estarão em discussão e análise durante os contatos feitos pela comitiva liderada pelo governador Blairo Maggi e que será composta por secretários de Estado, empresários, diplomatas e jornalistas.
E o potencial de negócios com esses países é bastante amplo, como pôde ser observado em setembro passado em Santa Cruz de La Sierra, durante a 29° edição da Expocruz. O coordenador do CIN, Gavur Kirst, esteve presente à feira, que é um dos maiores eventos da América do Sul. Em sua sala na sede da Fiemt, em Cuiabá, em cima de uma estante descansa um pequeno equipamento trazido por Gavur de Santa Cruz. É um estabilizador de tensão para computadores.
"Os fabricantes estão à procura de representantes para o aparelho tanto para o Mato Grosso como para o Brasil", diz Gavur, que recebeu a incumbência de identificar as áreas de interesse comercial. Importar, segundo ele, também é um bom negócio, além de vender. Estimula a concorrência, a competitividade entre as empresas e quem sai ganhando é o consumidor que pode escolher produtos bons, preços acessíveis e de boa qualidade.
Entre os empresários que farão parte da comitiva estão representantes do setor madeireiro de Mato Grosso. E a madeira produzida na região de San Mathias, Bolívia, a menos de 600 km de Cuiabá, interessa muito ao setor. Para as indústrias instaladas na Baixada Cuiabana, a distância para San Mathias é mais curta do que Aripuanã, região Noroeste do Estado e que fica a 1.002 km da capital. Além do fato de que algumas espécies de madeira começarem a escassear no Estado, o Mogno, por exemplo, não pode ser exportado de nosso país.
Mas pode ser comprado na Bolívia para ser utilizado aqui ou até mesmo ser exportado, já que não foi retirada da floresta brasileira, segundo Gavur Kirst. "Algumas madeireiras de Juína e de Sinop também já mostraram interesse em comprar madeira da Bolívia. Entre a segunda metade de novembro e durante dezembro, os empresários já se reuniram duas vezes na Bolívia e em Mato Grosso", diz o coordenador.
O potencial na área de Turismo também já foi mapeado e será discutido nos encontros. Nas regiões de San Mathias, San Inácio e Santa Cruz de La Sierra estão localizadas as missões jesuíticas, que poderiam ser exploradas turisticamente. "Em todas as cidades que fizerem parte do trajeto vamos tentar fechar acordos para levar turistas brasileiros e trazer turistas destes países", anuncia Gavur Kirst.
Nos contatos, além das metas de acordos para exportação e importação de produtos, estará em estudo o enorme potencial que o setor de serviços oferece. Em algumas regiões dos três países existe carência de infra-estrutura em estradas, energia elétrica e saneamento. "Isso pode interessar muito aos empresários de construção civil do Brasil", observa o coordenador.
MINÉRIOS
Além dos produtos agropecuários mato-grossenses, como soja, algodão e carnes, a produção mineral também poderá ser exportada pelos portos peruanos (Arequipa, Matarani) e chilenos (Arica Iquique). "Empresas daqui poderiam investir na área da mineração nesses países, principalmente na Bolívia. Já temos empresas de Mato Grosso que trazem zinco do Peru", informa Gavur.
Como o Peru e o Chile também são grandes produtores de pescados e frutos do mar e Mato Grosso por possuir o maior rebanho bovino do país almeja aumentar a exportação de carne, crescem as possibilidades de se incrementar os negócios com a troca destes produtos. Insumos para a agricultura produzidos no Chile, Peru e em parte da Bolívia interessam também aos produtores de Mato Grosso.
As possibilidades de negócios, que são em mão-dupla, estão também no setor da fruticultura. Nossos produtos tropicais poderiam ser vendidos para estes países, assim como eles podem vender para nós frutas produzidas num clima temperado, como o pêssego e o kiwi.
Outro projeto que será estudado durante as visitas é a possibilidade de enviar o álcool produzido no Estado para mercados como o Japão e China. "Temos que começar a nos preparar. Nos próximos anos estes países tendem a comprar álcool para adicionar à gasolina para reduzir a poluição", informa o coordenador do Centro Internacional de Negócios. O CIN também irá verificar o mercado para as pequenas indústrias e empresas comerciais de Mato Grosso, em áreas diversas, como nos setores têxtil, de artesanato e de alimentos.
AVIAÇÃO
A abertura de linhas regulares de transporte por ônibus e avião entre Mato Grosso e a Bolívia também será discutida. Só para exemplificar, o empresário que tiver que viajar de avião para Santa Cruz de La Sierra para fazer negócios, precisa se deslocar primeiro para São Paulo, dormir naquela capital, apanhar outro vôo que fará escalas em Buenos Aires (Argentina) e Assunção (Paraguai), antes de chegar em Santa Cruz, que é a maior cidade boliviana. Isso tudo leva de sete a oito horas.
"Santa Cruz é com se fosse a São Paulo da Bolívia. Por ali passam todos os vôos internacionais", diz Gavur Kirst, ressaltando a importância de se criar uma rota área para aquela cidade, que fica a apenas uma hora de vôo de Cuiabá.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/360689/visualizar/
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