Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Quarta - 14 de Novembro de 2012 às 08:31

    Imprimir


A renovação, determinada nesta segunda-feira (12), foi pedida para que a PF possa concluir as diligências necessárias da investigação, além de novos esclarecimentos que os investigados possam prestar.

Já os índios envolvidos em um confronto com agentes da PF na divisa dos estados de Mato Grosso e Pará continuarão em liberdade até que seja concluída a investigação. Dois deles permanecem internados no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). Informações apontam que eles tentaram fugir da unidade no último sábado (10), mas foram contidos por funcionários.

O temor dos índios era o de permanecerem presos, a exemplo do que ocorreu com outros 13 maiores de idade, que foram autuados pelos crimes de desacato e resistência e liberados após fiança. Superintendente da PF em Mato Grosso, César Augusto Martinez afirmou que agentes chegaram a se deslocar ao PS para ouvi-los, mas que não ocorreu um depoimento formal. “Um deles não entendia a nossa língua e o outro estava sem condições de falar”.

A PF já descartou mantê-los sob custódia. No entanto, permanecerão na condição de investigados. Lideranças indígenas reiteraram as denúncias de que o confronto, ocorrido na última quarta-feira (7), na aldeia Teles Pires, ocorreu por conta da truculência de agentes, que chegaram em helicópteros e despejaram bombas de efeito moral. O confronto, que segundo a PF ocorreu após um ataque dos índios, terminou com 9 pessoas feridas e o índio Adenilson Krixi Munduruku, 30, morto com pelo menos 3 tiros.

As lideranças não estão dispostas a permitir a exumação do cadáver, pleiteada pela PF que já instaurou inquérito para apurar a morte. Questões religiosas e culturais seriam o entrave para o procedimento. Munduruku foi encontrado boiando no rio Teles Pires, onde foi baleado, e enterrado nas proximidades da aldeia.

Adefesa de Valdemir de Melo e Arthur Melo, proprietários da Parmetal, já ingressou na Justiça com um pedido de relaxamento das prisões. Advogado de defesa, Saulo Rondon Gahyva pontua que ambos são inocentes da acusação de participarem de um esquema de extração. Gahyva já teria apresentado documentos que comprovam a licitude de todas as operações da Parmetal, em atividade há mais de 20 anos. Além disso, por conta da idade avançada de Valdemir, além de problemas de saúde enfrentados pelo empresário, entendem ser necessária a transferência, ao menos para a prisão domiciliar. “Fizemos o pedido e aguardaremos a oportunidade de nos manifestarmos para, no processo, tomarmos as medidas necessárias”.

Além de empresários e garimpeiros, ao menos 9 índios são investigados por fazerem parte da rede de exploração ilegal. Eles acobertavam o trabalho de extração em troca de ouro e outros produtos e eram proprietários de pelo menos uma balsa usada no trabalho de retirada do metal precioso do rio.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/36075/visualizar/