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Produção de calçados cresceu 5% em 2004
São Paulo - O setor calçadista brasileiro produziu no ano passado 700 milhões de pares, 5,26% a mais que os 665 milhões de 2003. Do total de 2004, 500 milhões de pares de calçados foram comercializados no mercado interno, o que denota uma alta de 4,82% ante os 477 milhões do ano anterior. Para o mercado externo, foram vendidos 200 milhões de pares no ano passado, o que representa um crescimento de 6,38% em relação a 2003.
De acordo com a Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), o faturamento no mercado doméstico totalizou R$ 25 bilhões, sendo que R$ 20 bilhões vieram das vendas de calçados e R$ 5 bilhões de artefatos de couro, como bolsas, cintos e artigos para viagens. O presidente da associação, Airton Manoel Dias, afirma que o Produto Interno Bruto (PIB) setorial da cadeia couro-calçadista foi de R$ 40 bilhões.
Pelos cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), as exportações do setor atingiram US$ 4,05 bilhões, 19% acima dos US$ 3,40 bilhões de 2003, com um superávit em torno de US$ 3,2 bilhões. Os calçados contribuíram com US$ 1,806 bilhão deste total, maior cifra desde 1993, o que representou uma alta de 16% na comparação com a receita obtida no ano anterior.
"Se o PIB brasileiro crescer de 3% a 5% em 2005, devemos repetir o crescimento do ano passado, com uma expansão em 2005 da ordem de 15%", afirma Dias. De acordo com o executivo, o setor não deve promover aumentos reais de preço ao longo do ano, já que na sua percepção o mercado interno não comporta reajustes acima da inflação. O preço médio do calçado no mercado doméstico, em 2004, foi de R$ 40. Para efeito de comparação, os norte-americanos pagam, em média, US$ 50 o par, e os europeus, 54 euros.
O presidente da Abicalçados, Élcio Jacometi, é menos otimista em relação às exportações. Segundo ele, se o câmbio do dólar permanecer no nível atual, a receita obtida pelo setor com as remessas externas pode cair até 5%. No caso de o dólar voltar ao nível de 2003, a perspectiva é de crescimento da ordem de 15%.
Europa
Para diminuir a dependência da moeda norte-americana, o setor pretende fortalecer, ao longo do ano, os negócios com a Europa, que hoje absorve 15% dos calçados brasileiros. "O mercado europeu de calçados é extremamente exigente e representa grande potencial para o Brasil, já que as indústrias de lá estão perdendo competitividade", opina Jacometi.
Pelos cálculos do setor, a Europa movimenta anualmente 52 bilhões de euros (US$ 69 bilhões) com a venda de calçados, enquanto os Estados Unidos giram cerca de US$ 50 bilhões. Os norte-americanos figuram como principais parceiros dos fabricantes brasileiros, sendo que de janeiro a novembro renderam uma receita de US$ 923 milhões aos exportadores calçadistas. Em seguida está o Reino Unido (US$ 121,26 milhões no mesmo período), Argentina (US$ 98,65 milhões) e México (US$ 59,39 milhões).
Terceiro maior produtor de calçados do mundo, atrás apenas de China e Índia, o Brasil conta com 7 mil empresas no setor, que juntas empregam mais de 1 milhão de pessoas. Os calçados nacionais são vendidos para a Europa a um preço médio de 12 euros (US$ 16), enquanto para os Estados Unidos vão a US$ 10.
De acordo com a Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), o faturamento no mercado doméstico totalizou R$ 25 bilhões, sendo que R$ 20 bilhões vieram das vendas de calçados e R$ 5 bilhões de artefatos de couro, como bolsas, cintos e artigos para viagens. O presidente da associação, Airton Manoel Dias, afirma que o Produto Interno Bruto (PIB) setorial da cadeia couro-calçadista foi de R$ 40 bilhões.
Pelos cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), as exportações do setor atingiram US$ 4,05 bilhões, 19% acima dos US$ 3,40 bilhões de 2003, com um superávit em torno de US$ 3,2 bilhões. Os calçados contribuíram com US$ 1,806 bilhão deste total, maior cifra desde 1993, o que representou uma alta de 16% na comparação com a receita obtida no ano anterior.
"Se o PIB brasileiro crescer de 3% a 5% em 2005, devemos repetir o crescimento do ano passado, com uma expansão em 2005 da ordem de 15%", afirma Dias. De acordo com o executivo, o setor não deve promover aumentos reais de preço ao longo do ano, já que na sua percepção o mercado interno não comporta reajustes acima da inflação. O preço médio do calçado no mercado doméstico, em 2004, foi de R$ 40. Para efeito de comparação, os norte-americanos pagam, em média, US$ 50 o par, e os europeus, 54 euros.
O presidente da Abicalçados, Élcio Jacometi, é menos otimista em relação às exportações. Segundo ele, se o câmbio do dólar permanecer no nível atual, a receita obtida pelo setor com as remessas externas pode cair até 5%. No caso de o dólar voltar ao nível de 2003, a perspectiva é de crescimento da ordem de 15%.
Europa
Para diminuir a dependência da moeda norte-americana, o setor pretende fortalecer, ao longo do ano, os negócios com a Europa, que hoje absorve 15% dos calçados brasileiros. "O mercado europeu de calçados é extremamente exigente e representa grande potencial para o Brasil, já que as indústrias de lá estão perdendo competitividade", opina Jacometi.
Pelos cálculos do setor, a Europa movimenta anualmente 52 bilhões de euros (US$ 69 bilhões) com a venda de calçados, enquanto os Estados Unidos giram cerca de US$ 50 bilhões. Os norte-americanos figuram como principais parceiros dos fabricantes brasileiros, sendo que de janeiro a novembro renderam uma receita de US$ 923 milhões aos exportadores calçadistas. Em seguida está o Reino Unido (US$ 121,26 milhões no mesmo período), Argentina (US$ 98,65 milhões) e México (US$ 59,39 milhões).
Terceiro maior produtor de calçados do mundo, atrás apenas de China e Índia, o Brasil conta com 7 mil empresas no setor, que juntas empregam mais de 1 milhão de pessoas. Os calçados nacionais são vendidos para a Europa a um preço médio de 12 euros (US$ 16), enquanto para os Estados Unidos vão a US$ 10.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/360954/visualizar/
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