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Internacional
Quinta - 06 de Janeiro de 2005 às 15:13

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O presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e principal candidato à presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas (Abu Mazen), acredita que o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, pode ser um sócio para a paz, embora seja algo que deverá explorar.

"Não posso dizer que Ariel Sharon não seja um sócio, mas se é sério ou não em suas intenções é algo que deveremos explorar", disse Abu Mazen hoje, quinta-feira, em entrevista coletiva na cidade de Nablus, a mais povoada da Cisjordânia.

O candidato pela Al Fatah nas eleições presidenciais do próximo domingo, que chegou hoje a Nablus para um de seus últimos períodos de campanha eleitoral, acrescentou: "depois das eleições, começaremos a negociar" com Israel.

"Colocaremos o Mapa do Caminho na mesa e vamos dizer que estamos dispostos a aplicá-lo até o final", ressaltou.

O Mapa do Caminho é o plano de paz que o Quarteto de Madri elaborou em 2003 para resolver o histórico conflito palestino-israelense, e que desde então ficou no papel.

As declarações de hoje do líder da OLP contrastam com as que fez na Faixa de Gaza no início da semana, quando chamou Israel de "inimigo sionista", uma expressão geralmente usada pela oposição islâmica e por aquelas facções que até hoje não reconhecem o processo de paz de Oslo (1993-2000).

Abu Mazen fez essas declarações em um comício eleitoral em um campo de refugiados da Faixa de Gaza no momento em que o exército de Israel tinha matado oito palestinos nesse mesmo território.

Ao ser consultado pela imprensa sobre Sharon, Abu Mazen disse: "é um líder eleito democraticamente e negociaremos com ele".

Israel se manteve à margem da campanha eleitoral palestina, com esporádicas respostas de seu ministro de Relações Exteriores, Silvan Shalom, a declarações como as que Abu Mazen fez em Gaza.

Abu Mazen encerrará sua campanha eleitoral no distrito de Jerusalém, mas por enquanto não se sabe se será na própria cidade, sob controle de Israel, ou em alguma das aldeias palestinas ao seu redor.




Fonte: EFE

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