Justiça de Israel nega pedido para presos palestinos votarem

A Suprema Corte de Israel negou hoje um pedido da Autoridade Palestina para que milhares de prisioneiros detidos por Israel possam votar na eleição deste domingo. O advogado israelense Zvi Rish apresentou o pedido na segunda-feira em Jerusalém, depois de Israel ter informado que não permitiria que mais de 7.000 palestinos presos participassem da escolha do sucessor de Yasser Arafat.

Segundo o porta-voz do tribunal, o pedido foi negado. "Israel não terá condições de se preparar para a votação dos prisioneiros em tão pouco tempo", disse o responsável da Justiça, Aharon Barak, na decisão.

Hisham Abdel-Razik, o ministro palestino para assuntos dos prisioneiros, afirmou que a participação na eleição é um direito humano essencial.

"Foi mais uma decisão política do que legal", disse ele. O líder palestino Mahmoud Abbas, principal candidato à sucessão de Arafat, prometeu durante a campanha ajudar a libertar os prisioneiros, muitos deles presos por Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza durante os quatro anos de insurgência.