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Cidades/Geral
Quinta - 06 de Janeiro de 2005 às 09:23
Por: Daniel Pettengil

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Um dia após ser praticamente destruída pelos detentos, a ala federal do presídio do Pascoal Ramos, que deverá abrigar integrantes do crime organizado, como João Arcanjo Ribeiro, foi vistoriada por peritos federais, ontem pela manhã.

A unidade, que custou R$ 1,49 milhão e possui 31 celas, sofreu danos nas instalações elétricas, teve vidros, chuveiros, sanitários, pias e o setor administrativo depredados durante a rebelião que durou 22 horas.

Os peritos da Polícia Federal estiveram na ala para começar a avaliar os prejuízos. A equipe de especialistas pretende divulgar o laudo completo sobre o incidente em dez dias. Essas informações serão anexadas ao inquérito instaurado pela PF de Mato Grosso, além de ser enviadas à administração central do órgão em Brasília e ao Ministério da Justiça. "Pouca coisa ficou de pé depois da rebelião", confirma o chefe do setor técnico-científico da PF, Ruy César Alves, que comandou a vistoria.

Os detentos tiveram acesso à ala federal após abrirem um buraco no raio 3, que limita o setor estadual do presídio. No inquérito, a PF busca explicações para a ofensiva de boa parte dos detentos contra a ala que sequer foi inaugurada. "Vamos verificar se houve um motivo específico para que eles quebrassem toda a ala, se há uma pré-disposição dos presos em destruí-la", afirmou o superintendente da PF em Mato Grosso, Marcos Antônio Farias. Ele disse que ainda é cedo para saber se houve algum plano dos detentos para depredar o novo setor.

De qualquer forma, a previsão inicial da PF e do Ministério da Justiça, de inaugurar o setor até o final de fevereiro, não deve se concretizar. Após o envio do laudo, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão que administra os presídios federais, decidirá o volume de recursos necessário para a reforma e quando as obras começam. Não há com prever quando isso ocorrerá, segundo Farias.

O restante do presídio, também destruído, precisará de reformas, mas só após o laudo da perícia estadual é que o governo definirá quando inicia os reparos.




Fonte: A Gazeta

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