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Economia
Quinta - 06 de Janeiro de 2005 às 02:10
Por: Lucinda Pinto e Silvana Rocha

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São Paulo - O risco país teve forte alta nesta quarta-feira de 4,56% e atingiu 413 pontos-base por causa da perspectiva de manutenção do aperto monetário nos Estados Unidos e da recomendação do Crédit Suisse First Boston (CSFB) para que seus clientes reduzam posições no mercado da dívida emergente, depois dos ganhos obtidos em 2004. O C-Bond fechou estável, vendido com ágio de 1,125%.

Ontem, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), divulgou a ata de sua última reunião, dando a entender que o juro básico continuará a subir. Isso provocou o aumento dos juros pagos pelos títulos do Tesouro americano, fazendo muitos fundos de investimento abrirem mão de papéis da dívida de países emergentes, principalmente os brasileiros. Hoje, o fenômeno se repetiu. Para completar, o CSFB cortou o peso do Brasil em sua carteira de bônus emergentes de "overweight" (acima da média de mercado) para "neutro".

O Banco Central aproveitou o enfraquecimento do dólar à tarde para comprar moeda americana e dar sustentação aos preços. Depois de subir até R$ 2,735 (1,30%) de manhã, num ajuste ao tom conservador da ata do Fed, o comercial chegou à mínima de R$ 2,697 (-0,11%) à tarde. A queda refletiu o fluxo comercial e financeiro positivo, o enfraquecimento da moeda americana ante o euro no mercado externo e a subida do risco Brasil. Após o leilão do BC, o dólar retomou a alta. Ele acumula valorização de 2,03% nos 3 primeiros dias úteis de janeiro. Ao longo do ano passado, o comercial perdeu 8,58%.




Fonte: Agência Estado

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