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Internacional
Quarta - 05 de Janeiro de 2005 às 11:53

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Um palestino morreu nesta quarta-feira no posto de fronteira de Erez, ao norte da Faixa de Gaza, em um tiroteio com soldados israelenses, no qual ficaram feridos três policiais da Autoridade Nacional Palestina.

Os feridos foram conduzidos ao hospital Barzilai, da cidade israelense de Ashkelon, 35 quilômetros ao norte de Gaza, informaram fontes do exército. O estado de um deles é grave.

O ataque, atribuído ao Hamas e à Jihad Islâmica, ocorreu nesta madrugada quando centenas de peregrinos palestinos tentavam atravessar a fronteira para chegar a Rafah, ao sul de Gaza, e seguir pelo Egito para Meca, na Arábia Saudita, informou a polícia palestina.

O palestino que morreu atacou os soldados de guarda com um fuzil automático e com granadas e foi morto por um militar quando ia ativar um explosivo.

Os policiais palestinos teriam ficado feridos no tiroteio entre o miliciano, que aparentemente chegou apenas à fronteira, e os soldados que guardam a passagem de Erez.

Os peregrinos estavam concentrados em Erez para chegar à fronteira egípcia escoltados por forças do exército já que a passagem de Rafah, ao sul de Gaza e por onde as pessoas vão para o Egito, está fechada.

O posto, controlado por Israel, foi fechado a cerca de um mês, depois de um ataque da resistência palestina contra um posto militar, no qual foram detonados 1.500 quilos de dinamite e cinco soldados de um batalhão de voluntários árabes do exército israelense morreram.

O ataque desta madrugada ao norte de Gaza pode ter sido uma represália pela morte, na terça-feira, de sete palestinos de 11 a 17 anos por disparos de um tanque israelense no povoado de Beit Lahia. Seis pessoas ficaram feridas.

As autoridades militares israelenses alegaram que o tanque disparou contra um grupo de milicianos do Hamas que havia disparado várias bombas contra o assentamento judaico vizinho de Nisanit.

No ataque de hoje três israelenses ficaram feridos, entre eles um menino, devido à queda de um desses projéteis junto a um ônibus escolar.

O ataque desta madrugada, a quatro dias das eleições presidenciais palestinas de domingo em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém oriental, é parte de uma escalada das hostilidades entre o exército israelense de ocupação e a resistência palestina.

O Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) pediram à população que boicote as eleições e rejeitaram o pedido do candidato do movimento Fatah, Mahmoud Abbas (Abu Mazen), para que deponham as armas afirmando que as operações dos grupos "são inúteis e só prejudicam o povo palestino", em alusão à repressão do exército israelense.

O novo recrudescimento da luta em Gaza, onde os milicianos dispararam desde a semana passada dezenas de foguetes Al Kasam contra a cidade israelense de Sderot, a 8 quilômetros de Gaza, e os assentamentos judaicos, tem cerca de um mês.

Desde a quinta-feira, em operações de represália do exército israelense nos campos de refugiados de Jebalia e Khan Yunes, e nos povos de Beit Lahia e Beit Hanun, cerca de 25 palestinos morreram e dezenas ficaram feridos.




Fonte: EFE

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