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Internacional
Quarta - 05 de Janeiro de 2005 às 11:37

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Brasília - Após 20 dias da operação realizada em Cité Soleil, a maior favela do Haiti, o comandante da força de paz da ONU, o general brasileiro Augusto Heleno, disse que a vida na região voltou ao normal. Após a operação, a tropa jordaniana assumiu a área e faz patrulhas constantes. "Nós realizamos a operação com dois batalhões: um brasileiro e um jordaniano. Houve um ataque coordenado para fazer a limpeza na região. Depois da operação, a tropa jordaniana ocupou a área", explicou.

No dia 14 de dezembro, 1.600 homens das tropas de paz das Nações Unidas realizaram uma operação na favela mais numerosa de Porto Príncipe, para tirar o domínio local das mãos de gangues e grupos armados, além de devolver à Polícia Nacional do Haiti os dois comissariados que existem no interior de Cité Soleil.

De acordo com o general Heleno, o local estava paralisado. "As escolas, os hospitais e parte do comércio de rua tinham deixado de funcionar. A gente não via as pessoas nas ruas, andando normalmente. Havia, inclusive, alguns locais que a gente sentia que tinham sido abandonados por força dessas ações criminais", contou.

Heleno faz um balanço positivo da operação. "Não houve mortos nos tiroteios com a ONU. Houve muito tiro, tanto da tropa jordaniana como da nossa tropa e por parte dos bandidos, mas os nossos tiros foram muito mais de advertência, de proteção, do que tiros em alvos humanos."

O general prevê que outras intervenções em áreas críticas serão feitas nos próximos meses. "Pretendemos agir da mesma maneira que em Cité Soleil para liderar esses bairros e ter uma presença coletiva da Polícia Nacional do Haiti e da Polícia Civil Internacional", disse. As informações são da Radiobrás.




Fonte: Agência Estado

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