PM mata menor acusado de seqüestro em BH

Um adolescente de 17 anos, identificado apenas como "Juninho", foi morto a tiros por policiais militares, na tarde de ontem, após se envolver em um suposto seqüestro-relâmpago em Belo Horizonte.

Sulivan de Campos, 27 anos, foi preso acusado de ser parceiro do menor. De acordo com a polícia, Sulivan era foragido. Ele responde a inquéritos por homicídios e assaltos, já tendo sido condenado a cinco anos e quatro meses por roubo à mão armada.

De acordo com a PM, uma vendedora foi abordada pela dupla quando estava em seu carro. Os ladrões, segundo consta no Boletim de Ocorrência (BO), teriam seqüestrado a vendedora. Quatro tentativas de saque foram feitas em contas bancárias da vítima, em Ibirité, na Grande BH, mas os saldos estavam negativos. Os ladrões teriam ordenado, então, que a mulher telefonasse de seu celular para um amigo ou parente, e exigiram R$ 600 de resgate. Só que o amigo que recebeu a ligação acionou a polícia.

Momentos depois, um PM teria retornado a ligação, se passando pelo amigo, e combinou entregar o dinheiro em um parque aquático em Contagem. Só que a operadora de telefone celular rastreou o local de onde a vítima falava. Os policiais seguiram para a cidade Ibirité e, encontrando o carro da vítima, começaram a perseguição. Meia hora depois, em Contagem, Sulivan, que estaria ao volante, bateu em outro veículo.

O tenente PM Pablo Azevedo disse que os acusados de seqüestro desceram do carro correndo, deixando a vítima para trás, e "Juninho" teria começado a atirar contra a viatura. O policial disse que revidaram com cinco tiros. Um deles acertou o adolescente no coração. Os PMs apresentaram um revólver calibre 38, de numeração raspada e com quatro cartuchos deflagrados, como a arma apreendida com a dupla.

Sulivan nega que estivessem armados. "Eles que atiraram. A gente, não. Eles que colocaram a arma", relatou.