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Excesso de chuva causa pessimismo entre produtores de algodão
O plantio de algodão da safra 2004/2005 começou este mês em todo o Estado de Mato Grosso mas os contonicultores não estão nada otimistas.
O pessimismo se justifica pelo excesso de chuva em algumas regiões do Estado, como é o caso de Primavera do Leste, o aumento nos custos da produção e os baixos preços do produto no mercado. Além disso, as perspectivas de exportação não são favoráveis diante do excesso de produção nos Estados Unidos e a redução de consumo pela China.
Os 86 sócios da Unicotton, em Primavera do Leste, devem plantar nesta safra 80 mil hectares de algodão, mas estão preocupados com o excesso de chuvas nesta época do ano. O desânimo mesmo tem origem na alta dos custos e nos preços baixos. “Mas não há alternativa. Temos que plantar”, diz Hélvio Alberto Fiedler, gerente geral da Unicotton. Ele diz que a cooperativa tem orientado os produtores a reduzir os custos de produção e aproveitar as alternativas de mercado.
Uma das formas de redução dos custos é comprar inseticidas e fungicidas em conjunto, o que pode resultar em uma economia de 10% a 12%. Hélvio também recomenda a participação dos produtores nos leilões promovidos pelo Governo Federal.
O Brasil deve produzir nesta safra 1,3 milhão de toneladas, 450 mil devem ir para a exportação e o restante deve ser consumido no mercado interno. No mundo, a produção é estimada em 20 milhões de toneladas este ano.
Devido o alto custo de produção e o baixo preço do produto, o produtor Otávio Palmeira, de Rondonópolis, que plantou no final de novembro 4.750 hectares de algodão na Fazenda São Caetano, em Primavera do Leste, reduziu a área plantada em 30% em relação ao ano passado para plantar soja para a chamada rotação de cultura. Mas esse não é o único motivo: experiente, ele usa a máquina de calcular para planejar despesas de receitas. O preço mínimo pago hoje pelo governo federal é de R$ 44,59 a arroba. Em se mantendo, cada hectare de algodão plantado na Fazenda São Caetano deve resultar em 110 arrobas de pluma, o que dá R$ 5.519,00. Reduzindo-se o custo do hectare (R$ 4.675,00), ele poderá chegar ao final da safra com um lucro de R$ 845,00 por hectare. Nada mal. Mas ele próprio ressalta: tudo depende da manutenção do preço mínimo pelo governo federal e de uma boa produtividade na fazenda, onde a incidência das chuvas e a utilização de tecnologia são fatores fundamentais.
Pelos cálculos, se o produtor conseguir apenas 91 arrobas de pluma por hectare, poderá contabilizar um prejuízo de R$ 100,00 por hectare no final da lavoura. O mínimo necessário para empatar despesas e receitas é produzir 93,16 arrobas por hectare.
Outro produtor que mora em Rondonópolis e também planta algodão em Primavera do Leste é o ex-governador Rogério Salles. Ele diz que, apesar do pessimismo, não haverá tanta diminuição da área plantada com a cultura no Estado. Pelo menos não tanto quanto se imaginava. Rogério lembra que, no momento da compra dos insumos para a produção, o cotonicultor ainda estava otimista. Fez empréstimo e agora não lhe resta outra alternativa a não ser plantar. Para ele, o problema de alta nos custos e redução dos preços só será realmente sentido a partir do ano que vem.
O pessimismo se justifica pelo excesso de chuva em algumas regiões do Estado, como é o caso de Primavera do Leste, o aumento nos custos da produção e os baixos preços do produto no mercado. Além disso, as perspectivas de exportação não são favoráveis diante do excesso de produção nos Estados Unidos e a redução de consumo pela China.
Os 86 sócios da Unicotton, em Primavera do Leste, devem plantar nesta safra 80 mil hectares de algodão, mas estão preocupados com o excesso de chuvas nesta época do ano. O desânimo mesmo tem origem na alta dos custos e nos preços baixos. “Mas não há alternativa. Temos que plantar”, diz Hélvio Alberto Fiedler, gerente geral da Unicotton. Ele diz que a cooperativa tem orientado os produtores a reduzir os custos de produção e aproveitar as alternativas de mercado.
Uma das formas de redução dos custos é comprar inseticidas e fungicidas em conjunto, o que pode resultar em uma economia de 10% a 12%. Hélvio também recomenda a participação dos produtores nos leilões promovidos pelo Governo Federal.
O Brasil deve produzir nesta safra 1,3 milhão de toneladas, 450 mil devem ir para a exportação e o restante deve ser consumido no mercado interno. No mundo, a produção é estimada em 20 milhões de toneladas este ano.
Devido o alto custo de produção e o baixo preço do produto, o produtor Otávio Palmeira, de Rondonópolis, que plantou no final de novembro 4.750 hectares de algodão na Fazenda São Caetano, em Primavera do Leste, reduziu a área plantada em 30% em relação ao ano passado para plantar soja para a chamada rotação de cultura. Mas esse não é o único motivo: experiente, ele usa a máquina de calcular para planejar despesas de receitas. O preço mínimo pago hoje pelo governo federal é de R$ 44,59 a arroba. Em se mantendo, cada hectare de algodão plantado na Fazenda São Caetano deve resultar em 110 arrobas de pluma, o que dá R$ 5.519,00. Reduzindo-se o custo do hectare (R$ 4.675,00), ele poderá chegar ao final da safra com um lucro de R$ 845,00 por hectare. Nada mal. Mas ele próprio ressalta: tudo depende da manutenção do preço mínimo pelo governo federal e de uma boa produtividade na fazenda, onde a incidência das chuvas e a utilização de tecnologia são fatores fundamentais.
Pelos cálculos, se o produtor conseguir apenas 91 arrobas de pluma por hectare, poderá contabilizar um prejuízo de R$ 100,00 por hectare no final da lavoura. O mínimo necessário para empatar despesas e receitas é produzir 93,16 arrobas por hectare.
Outro produtor que mora em Rondonópolis e também planta algodão em Primavera do Leste é o ex-governador Rogério Salles. Ele diz que, apesar do pessimismo, não haverá tanta diminuição da área plantada com a cultura no Estado. Pelo menos não tanto quanto se imaginava. Rogério lembra que, no momento da compra dos insumos para a produção, o cotonicultor ainda estava otimista. Fez empréstimo e agora não lhe resta outra alternativa a não ser plantar. Para ele, o problema de alta nos custos e redução dos preços só será realmente sentido a partir do ano que vem.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/361347/visualizar/
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