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Médico critica estudo sobre remédio antiaids
Um estudo destinado a demonstrar se uma única dose de um medicamento contra a aids poderia evitar a transmissão da doença de gestantes para seus filhos foi malfeito e não deve ser levado em conta, disse na terça-feira um especialista que foi demitido do projeto.
Jonathan Fishbein, que contesta sua demissão do Instituto Nacional de Saúde, disse que está sendo punido por ter apontado as práticas irregulares dos médicos que testam o remédio na África.
O Instituto Nacional de Saúde diz que as acusações são falsas e ameaçam a vida de bebês, porque muitas pessoas podem ficar com medo de usar um remédio eficaz.
O estudo com mais de mil mães e recém-nascidos em Uganda foi a base para a adoção do medicamento nevirapine, da Boehringer Ingelheim, em uma única dose para prevenir a transmissão do vírus HIV no parto.
O nevirapine também é amplamente usado em coquetéis que mantêm a saúde de vítimas da aids, que é uma doença incurável.
Uma comissão de especialistas do Instituto de Medicina foi encarregada de avaliar o estudo e decidir se ele merece confiança, o que pode levar à suspensão do uso da dose única do nevirapine em gestantes.
Na terça-feira, Fishbein disse à comissão que não confia em nenhuma das conclusões do estudo, chamado HIVNET 012 e realizado entre 1997 e 1999.
"O HIVNET 012 é um estudo tão mal conduzido que seus dados devem ser considerados inválidos para efeitos de leis, políticas e saúde humana", disse Fishbein à comissão.
Ele afirmou que até os exames feitos para descobrir se os recém-nascidos foram contaminados devem ser desconsiderados. "(Os dados) foram gerados frequentemente por indivíduos sem treinamento", afirmou.
Fishbein afirmou que os especialistas se preocuparam demais com a eficiência do nevirapine, sem levar em conta seus perigosos efeitos colaterais. "A vida africana, ao que parece, não é tão considerada quanto a vida norte-americana", afirmou ele.
O médico, contratado para uniformizar políticas e procedimentos do instituto, disse que o órgão acobertou erros feitos durante o projeto e submeteu documentos incompletos à comissão do Instituto de Saúde.
A acusação teve grande repercussão na África do Sul, onde o partido do governo acusa as autoridades norte-americanas de se unirem ao laboratório alemão Boehringer Ingelheim para esconder os efeitos adversos do nevirapine.
"O nevirapine não é a solução ideal, mas está funcionando e não há melhor ajuda em países muito pobres para evitar que mães soropositivas passem o vírus a seus filhos", disse um porta-voz do laboratório em dezembro.
A aids matou 2,3 milhões de pessoas na África em 2004. O uso de medicamentos pouco antes do parto pode proteger o bebê, que do contrário tem 25 por cento de chances de ser contaminado pela mãe. O Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, braço do Instituto Nacional de Saúde que supervisiona grande parte das pesquisas sobre Aids, nega as acusações de Fishbein.
"O nevirapine em uma única dose é uma droga segura e efetiva para evitar a transmissão do HIV de mãe para filho", disse o órgão em nota do seu site, http://www.niaid.nih.gov.
O órgão disse ter revisto os dados do HIVNET 012 e concluído que não há sinais de que reações adversas ao remédio foram omitidas.
A comissão do Instituto de Medicina deve divulgar suas conclusões em março.
Jonathan Fishbein, que contesta sua demissão do Instituto Nacional de Saúde, disse que está sendo punido por ter apontado as práticas irregulares dos médicos que testam o remédio na África.
O Instituto Nacional de Saúde diz que as acusações são falsas e ameaçam a vida de bebês, porque muitas pessoas podem ficar com medo de usar um remédio eficaz.
O estudo com mais de mil mães e recém-nascidos em Uganda foi a base para a adoção do medicamento nevirapine, da Boehringer Ingelheim, em uma única dose para prevenir a transmissão do vírus HIV no parto.
O nevirapine também é amplamente usado em coquetéis que mantêm a saúde de vítimas da aids, que é uma doença incurável.
Uma comissão de especialistas do Instituto de Medicina foi encarregada de avaliar o estudo e decidir se ele merece confiança, o que pode levar à suspensão do uso da dose única do nevirapine em gestantes.
Na terça-feira, Fishbein disse à comissão que não confia em nenhuma das conclusões do estudo, chamado HIVNET 012 e realizado entre 1997 e 1999.
"O HIVNET 012 é um estudo tão mal conduzido que seus dados devem ser considerados inválidos para efeitos de leis, políticas e saúde humana", disse Fishbein à comissão.
Ele afirmou que até os exames feitos para descobrir se os recém-nascidos foram contaminados devem ser desconsiderados. "(Os dados) foram gerados frequentemente por indivíduos sem treinamento", afirmou.
Fishbein afirmou que os especialistas se preocuparam demais com a eficiência do nevirapine, sem levar em conta seus perigosos efeitos colaterais. "A vida africana, ao que parece, não é tão considerada quanto a vida norte-americana", afirmou ele.
O médico, contratado para uniformizar políticas e procedimentos do instituto, disse que o órgão acobertou erros feitos durante o projeto e submeteu documentos incompletos à comissão do Instituto de Saúde.
A acusação teve grande repercussão na África do Sul, onde o partido do governo acusa as autoridades norte-americanas de se unirem ao laboratório alemão Boehringer Ingelheim para esconder os efeitos adversos do nevirapine.
"O nevirapine não é a solução ideal, mas está funcionando e não há melhor ajuda em países muito pobres para evitar que mães soropositivas passem o vírus a seus filhos", disse um porta-voz do laboratório em dezembro.
A aids matou 2,3 milhões de pessoas na África em 2004. O uso de medicamentos pouco antes do parto pode proteger o bebê, que do contrário tem 25 por cento de chances de ser contaminado pela mãe. O Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, braço do Instituto Nacional de Saúde que supervisiona grande parte das pesquisas sobre Aids, nega as acusações de Fishbein.
"O nevirapine em uma única dose é uma droga segura e efetiva para evitar a transmissão do HIV de mãe para filho", disse o órgão em nota do seu site, http://www.niaid.nih.gov.
O órgão disse ter revisto os dados do HIVNET 012 e concluído que não há sinais de que reações adversas ao remédio foram omitidas.
A comissão do Instituto de Medicina deve divulgar suas conclusões em março.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/361420/visualizar/
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