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Nacional
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 19:57

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A bancada do PT na Câmara dos Vereadores de São Paulo entrou hoje com uma representação no Ministério Público contra o prefeito José Serra (PSDB), por improbidade administrativa, ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa e alegam que houve violação da Constituição. Os petistas acusam o tucano de fazer propaganda pessoal no Diário Oficial e na página oficial da Prefeitura.

Os vereadores pedem a indisponibilidade dos bens do prefeito "até o completo ressarcimento aos cofres públicos dos prejuízos causados pela publicação da propaganda ilegal".

A primeira edição do Diário Oficial de São Paulo na gestão de Serra, distribuída ontem, traz fotos do prefeito e reportagens sobre a posse e as primeiras medidas no cargo. No site da Prefeitura, um texto se refere a Serra como "o melhor ministro da Saúde que o país já teve".

"Da publicidade oficial não podem constar símbolos, imagens ou nomes que caracterizem promoção pessoal de autoridade pública. Foi um deslize do prefeito, um erro grosseiro", afirma o vereador Paulo Fiorillo (PT), citando artigo da Constituição.

Ex-editora do site da Prefeitura, a jornalista Juliana Bertolucci, citada pelo jornal Folha de S. Paulo, disse que o texto elogioso a Serra é o mesmo publicado na página do diretório municipal do PSDB. A representação do PT informou que a jornalista pediu exoneração do cargo por discordar das orientações.

A representação foi assinada pelos vereadores Chagas, Arselino Tatto, Beto Custódio, Antônio Donato, Claudete Alves, Francisco Macena, João Antônio, José Américo, Zelão, Paulo Fiorilo e Soninha.

Além da indisponibilidade de bens, os vereadores pedem que sejam removidas do site as fotografias de Serra, bem como a página com a sua biografia e "referências e citações ao nome do representado em todos os títulos existentes no referido sítio" e a condenação do prefeito no ressarcimento dos valores pagos com as publicações.

O assessor especial de Comunicação de Serra, Sérgio Kobayashi, alegou que as fotos são documentos de um fato histórico. "Querem fazer tempestade em copo d'água por falta de assunto melhor. Não vamos abrir mão do direito de informar", diz.




Fonte: Terra

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