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Cidades/Geral
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 18:04

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O acordo feito em novembro de 2003, entre Estado e Governo Federal, não foi cumprido. A proposta levada pelo governador Blairo Maggi a Brasília era: a cada um real investido pelo Governo Federal, o Governo do Estado investirá o mesmo valor.

“A proposta inicial era de R$ 66 milhões, dos quais o Estado 50% eram investidos pelo Estado. A união não aceitou, e disse poder investir apenas R$ 27 milhões. Então ficou fechado que seria investido nas BRs 163,174 e 070 o total de R$ 54 milhões, rateado igualmente entre as duas partes”, afirmou Pagot, que concluiu “O Estado fez a sua parte. Mas Lula ainda não”.

A maioria dos recursos estaduais investidos em estradas é oriunda do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A queda na arrecadação, causada pelo declínio do preço de comercialização da soja e do algodão no mercado internacional, obrigou o Governo do Estado a modificar a meta inicial de obras para o ano de 2004.

A expectativa do Governo é angariar até o final do ano cerca de R$ 280 milhões. Mas dificilmente chegará a este número, tendo em vista que a arrecadação acumulada de janeiro a setembro soma R$ 204,8 milhões. E seguindo a média de R$ 22 milhões mensais, será de cerca de R$ 260 milhões.

Assim, dos 802 quilômetros de asfalto novos, que a Secretaria de Estado de Infra-estrutura (Sinfra), administradora do Fethab, pretendia executar, por meio de consórcios rodoviários, apenas 500,3 serão concluídos.

Mesmo com a redução da meta original, o secretário da Sinfra, Luiz Antonio Pagot, afirmou que os números são audaciosos.

Como modelo, foi citada a estrutura integral da malha viária. Nos dois últimos anos, serão construídos mais de 1 mil quilômetro de asfalto. A extensão representa cerca de 51,2% das estradas recebidas com pavimento no inicio da gestão em 2002. Significa dizer que em dois anos foram feitos mais da metade do asfalto feito por todos os governos anteriores.

CHUVAS – “A prioridade é asfaltar”, afirmou Pagot. Com a intensa quantidade de chuvas na região, muitos locais receberam manutenção para atenuar os problemas, no entanto a solução é a pavimentação, pois a quantidade de carga e o fluxo de veículo e cada vez mais constante.

Vale ressaltar que crescimento do Estado está intimamente ligado a este fluxo. O setor de Calcário é um exemplo. Há quatro anos, eram atuantes apenas 4 empresas grandes. Hoje, cada empresa possuem 8 filias pelo Estado, que serão ampliadas com a expansão de 1 milhão de hectares das fronteiras agrícolas.

A cada hectare plantado são utilizados cerca de 5 toneladas de adubo e 3,5 toneladas de calcário. Além de sementes, insumos, bem como máquinas e equipamentos que promovem um aumento significativo no transporte mato-grossense.

Entre as estradas de chão que foram pavimentadas está o trecho Sorriso-Ipiranga, que em fevereiro deste ano estava coberta pelas águas do rio Teles Pires. No local foi realizado o aterro, drenagem e asfaltamento da estrada.

“Estamos utilizando programa pró-reforma para atenuar provisoriamente, mas só teremos resultados concretos com o asfaltamento das rodovias”, afirmou o secretário. No programa, são reformados máquinas desativadas nos pátios das prefeituras. O Governo entra com o dinheiro e em contra partida as prefeituras auxiliam na manutenção das rodovias federais. Já foram reformados cerca de 522 equipamentos, em 129, dos 139 municípios que compõem o Estado.

Outros investimentos em estrada de chão, financiados pelo Fethab, totalizam 7,5 mil quilômetros de patrolamento e 1,3 mil quilômetros de asfaltamento. E mesmo com as realização das obras, a Sinfra está se preparando para os trabalhos emergências, que certamente irão surgir no decorrer das chuvas.




Fonte: Só Noticias

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