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Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 15:40
Por: José Ribamar Trindade

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A rebelião na Penitenciária de Pascoal Ramos acabou após a liberação dos cinco reféns. Apenas um agente prisional apresentava ferimentos leves, vítima de espancamento. O advogado Francisco Faiad, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), acompanhou as negociações ao lado do juiz Francisco Bráulio Vieira e do promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel. A OAB, segundo Faiad, tanto vai cobrar, como vai acompanhar as investigações das denúncias de maus-tratos sofridas por presos e familiares durante as visitas.

Na lista de reivindicações, as condições básicas para o fim da rebelião, segundo Faiad, constam a retomada do banho de sol que estaria suspenso antes da rebelião; consultas médicas e dentárias regulares, melhoria na alimentação, transferência imediata do diretor da penitenciária e análise de todos os processos, pois alguns presos reclamaram que estavam com penas vencidas.

Tudo que os presos reclamaram, segundo Faiad, foram anotados e serão analisados e investigados. “Eles pediram a remoção do diretor, isso será um assunto a ser analisado. O restante das reivindicações será investigada, principalmente as denúncias de maus-tratos cometidos por policiais militares”, afirmou o presidente da OAB.

POUCOS ESTRAGOS – O tenente-coronel Catarino, comandante do Batalhão de Guardas (BG), responsável pela segurança externa da penitenciária, disse agora a pouco, que os presos desta vez não destruíram muita coisa. Restou, como em todas as rebeliões, muita sujeira dentro de um cenário de guerra.

“Desta vez eles não destruíram nada como em outras rebeliões. Deixaram apenas muita sujeira. Por isso não será preciso transferir nenhum preso daqui para outro local por medida de segurança, pois todas as celas estão intactas”, garantiu o tenente-coronel Catarino.

APENAS DUAS ARMAS – Das cinco armas anunciadas: três pistolas e dois revólveres que teriam sido vistas nas mãos dos principais líderes da rebelião, os latrocidas – bandidos que matam para roubar -, “Sandro Louco”, “Raposão” e “Vavá”, que juntos somam mais de 400 anos de pena para cumprir em regime fechado, apenas duas foram entregues no final da rebelião.

“Muitas pessoas viram cinco armas, mas eles só entregaram cinco. Vamos começar uma operação pente fino com mais de 100 homens, justamente para tentar localizar e apreender o restante dessas armas e outros objetos, inclusive alguns aparelhos de telefone celular que eles estariam usando para manter contatos com pessoas do lado de fora. Além de drogas, é claro”, afirmou o comandante do BG.

NA MOSCA - Conforme a reportagem do site 24 Horas News informou às 12h58 de hoje - e acertou na mosca quando deu conta de que a rebelião da Penitenciária de Pascoal Ramos poderia acabar a qualquer momento - a notícia se confirmou às 13h10.




Fonte: 24 Horas News

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