Medidas antiapagão estão sendo tomadas, garante Dilma

São Paulo - A ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou que medidas estão sendo tomadas para evitar que falhas técnicas e humanas, como as que provocaram o apagão de 45 minutos, sábado passado, nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e em parte de Minas Gerais, não se repitam. "A lição que temos de tirar desse incidente é a de que precisamos reforçar a parte de manutenção, para solucionar os problemas que possivelmente levaram à falha técnica que provocou o blecaute", disse a ministra em entrevista ao Jornal da Dez, da "Globo News".

A suspeita, segundo a ministra, é de que tenha havido uma falha no sistema de telecomunicação que liga a subestação de Cachoeira Paulista, onde ocorreu o problema, à central de Furnas, e que teria induzido a equipe de funcionários ao erro. No momento do blecaute, de acordo com Dilma, o consumo de energia no Rio era baixo, de 3.500 megawatts, enquanto em um dia normal o Estado consome 5.600 megawatts. O Estado possui quatro linhas de transmissão, disse a ministra, e, como a carga era baixa, uma foi desligada.

Três estavam funcionando e, por uma falha técnica, duas caíram. "O erro humano ocorreu no momento de religá-las. Foi quando a única que estava funcionando também caiu", explicou. Dilma disse que um levantamento sobre o problema está sendo feito e que todas as medidas, no sentido de se ter uma ação preventiva para que falhas desse tipo não ocorram novamente, estão sendo tomadas.

Questionada sobre uma possível queda no preço da gasolina para o consumidor, este ano, já que o dólar e o petróleo estão em baixa, Dilma afirmou que, se esse cenário permanecer, "teremos o grato prazer de diminuir também os preços dos combustíveis no Brasil". Mas isso, ela ponderou, não será feito "da noite para o dia".