Moradores de Alta Floresta cobram rapidez em caso que uma criança morreu

Dezenas de amigos, parentes e pessoas da comunidade sensibilizadas pela morte de Ketlin Tainara Ferreira Nascimento, de apenas de três, ocorrida na noite de 25 de dezembro, foram às ruas na manhã da última sexta-feira, 31. Inicialmente a passeata tinha como foco pressionar a Justiça a decretar a prisão de Ginaldo Nascimento, o Gino, que estava dirigindo a Saveiro que atropelou Ketlin, sua mãe Fabiana Ferreira, e a prima Alice.

Entretanto, na tarde de quinta-feira o juiz Kleber Zeferino decretou a prisão provisória do acusado para que os fatos fossem apurados. Até então Gino não havia sido detido pela polícia.

Com camisetas com a foto da garotinha estampada, além de cartazes e faixas, os manifestantes pediram que a Justiça estivesse mais presente no caso, para que Gino venha a responder pela morte de Ketlin e de Maria Nazaré, a criança que estava sendo gerada por Fabiana no seu oitavo mês de vida.

A jovem, de 18 anos, acabou abortando a filhinha por causa do acidente. Além das perdas de duas filhas, Fabiana ainda teve as duas pernas e um braço quebrado. Em poucos minutos a passeata saiu da rua RI, do local onde as três foram atropeladas, ganhando a avenida Ariosto da Riva, onde caminharam em silêncio, chamando a atenção de comerciantes e pedestres, ganhando várias adesões.

O destino dos manifestantes era o Fórum da Comarca, mas antes, o grupo parou em frente ao Hospital Municipal Albert Sabin num gesto de apoio à família e à própria vítima que ainda está internada na casa hospitalar. Fabiana não tem previsão de alta e seu estado de saúde na quarta-feira chegou a agravar, com a paciente encontrando dificuldades para respirar sendo transferida para a sala de emergência e submetida a balões de oxigênio.

Na chegada ao fórum, depois de contornar a travessa U-7, os manifestantes se postaram à margem da avenida Ludovico da Riva Neto e cantaram o Hino Nacional Brasileiro, terminando a passeata com uma salva de palmas e clamando por Justiça.

“Nós queremos justiça. A família já não pode fazer nada com ele. Eu conversei com o Gino e disse que nós queremos apenas Justiça”, disse um dos familiares, emocionado com a perda da pequena Ketlin.