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Cidades/Geral
Segunda - 03 de Janeiro de 2005 às 07:14
Por: Patricia Neves

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Em 2004 ocorreram 292 assassinatos na Grande Cuiabá. O número é pouco menor do que o registrado no ano de 2003 - 306. Mais uma vez regiões populosas como CPA, Coxipó (Pedra 90) e Cristo Rei, em Várzea Grande, aparecem nas estatísticas como locais onde o número dessa modalidade de crime é maior.

A tendência na queda do número de mortes violentas vem se mantendo desde 2003, quando houve uma redução de 5% nesse tipo de crime se comparado a 2002. Porém, a Capital continua aparecendo como uma das mais violentas no Brasil, perdendo apenas para Vitória (ES) e Recife (PE), segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde. A faixa etária de 18 a 25 anos lidera perfil de vítimas.

Contrariando a tendência, o assassinato de mulheres cresceu 33% em 2004. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) registrou 28 mortes, sendo que oito foram vítimas de crimes passionais e duas violentadas e mortas. Ano passado, 21 mulheres foram assassinadas.

Em 18 de novembro, o ciúme desenfreado e a recusa em aceitar o término de um relacionamento de dois anos fez com que o relojoeiro Nelson Gonçalves da Silva, 23, fosse preso em flagrante pelo assassinato de sua namorada, a estudante Lucinéia Otávio Cruz, 20, no bairro CPA IV.

Apesar do número de mortes não ter diminuido, as autoridades da área de segurança comemoram os resultados, já que não se previnem crimes contra a vida e sim os crimes que resultam em execuções, como por exemplo o tráfico de drogas. Ainda assim, o montante de assassinatos em Cuiabá e Várzea Grande coloca a região metropolitana como uma das mais violentas do país, com uma taxa de 45,5 homicídios por grupo de 100 mil habitantes.

A DHPP revela que até o mês de novembro desse ano, dos 96 inquéritos instaurados, 58 ou 60,41% dos crimes, foram motivados por uso, venda ou disputa por pontos de drogas. Esse ano o número de inquéritos instaurados foi pequeno, já que na grande maioria das ocorrências os autores foram identificados ou presos e os casos encaminhados para as delegacias distritais. Em seguida aparecem os que são motivados por vingança, com 12% dos inquéritos instaurados.




Fonte: A Gazeta

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