Execução de mãe e filho choca

Um dos crimes mais chocantes de 2004 foi a execução da advogada Marluce Alves e de seu filho, Rodolfo Alves, mortos cada um com um tiro na cabeça dentro da casa deles, no bairro Jardim Shangri-lá, área nobre de Cuiabá, em 18 de março deste ano. O delegado Edgar Fróes, que na época era titular da Delegacia do Porto, foi preso com mandante.

Além dele, outras cinco pessoas foram denunciadas por envolvimento no assassinato. Os disparos contra as vítimas foi efetuado por um adolescente de 17 anos. Além de Fróes, foram denunciados pelo Ministério Público, Josuel Corrêa da Costa, o "Jô", Hildebrando Passos, o "Hulk", e Benedito Miranda, o "Piré", e Francisnei Rodrigues Pereira, como co-autores do crime. A advogada Marluce Alves morreu por ameaçar denunciar o delegado Edgar Fróes à Corregedoria da Polícia Civil.

Em junho do ano passado, o delegado intermediou um acordo entre ela e o agiota Trajano Bispo Souza. Ameaçada pelo agiota, Marluce foi registrar ocorrência, mas recebeu a proposta de Fróes de parcelar a dívida e pagar a ele, que, por sua vez, repassaria ao agiota. Mas Fróes ficou com dinheiro.

Outro caso de grande repercussão foi o assassinato de Anderson Eustáquio da Costa, 27, morto em junho desse ano, com seis disparos. O corpo dele, após 11 dias de desaparecimento, foi encontrado às margens da BR-364. O estudante Leonardo Jaune, 22, é acusado de tramar a morte dele. O advogado esteve com Taíssa Jaune (irmã de Leonardo) na noite de 26 de junho deste ano, pouco antes dela cair (ou se jogar) do 5º andar do prédio de classe média alta onde morava.