Repórter News - reporternews.com.br
Cheguei ao bonito da vida, diz Fernanda Montenegro
Não é qualquer projeto que pode contar com a presença de Fernanda Montenegro. A atriz só se envolve em tramas que tenham um significado a mais. E foi justamente isso que a atraiu em Hoje é Dia de Maria, que estréia 11 de janeiro. Intérprete da Madrasta, Fernanda garante ter se encantado pelo enredo da microssérie. "O mais interessante é abordagem da emblemática do mundo caipira, que é tão renegado na cultura brasileira", adianta Fernanda.
Embora esteja na pele da vilã, a atriz conta que, ao mesmo tempo em que a Madrasta é má, ela tem um certo humor. Para ela, a melhor parte da trama é quando sua personagem é julgada pela justiça das histórias infantis. Nesse momento, a atriz se recorda das "historinhas" que sua avó lhe contava quando criança. "Percebi com a vida que, por mais que o Mal persiga o herói, no fundo o Bem vai sair vitorioso. Minha avó me dizia isso e, assim, consegui chegar no bonito da vida", filosofa.
As gravações de Hoje é Dia de Maria são feitas dentro de uma enorme cúpula montada em um terreno em frente ao Projac. De acordo com Fernanda, essa estrutura "experimental" está profundamente ligada ao teatro. Fato, inclusive, que motivou a atriz a participar da microssérie. Fernanda entrou tanto no clima que, na hora das gravações, atua como se estivesse em cima de um palco. "Faço as cenas para serem exibidas ao vivo, diretamente para uma platéia", conta.
Seu último trabalho na tevê foi Esperança. Por que ficou tanto tempo longe dela? Adoro televisão. Mas, para trabalhar, a trama tem de me dizer algo a mais. Não sou de me circunscrever à televisão ou de ficar dentro dela como móveis e utensílios. Não faço muito também porque sou uma mulher de teatro. O cinema me pegou muito nesses últimos tempos. Além disso, as novelas estão muito longas. Não é que eu não queira fazer ou que não seja uma coisa legal. Mas, como as novelas ficam mais tempo no ar, os capítulos estão maiores e o ritmo das gravações muito "violento". Posso fazer uma participação de um ou dois meses, mas não fico mais um ano esperando os acontecimentos da trama. Não tenho mais espírito para isso.
Você já trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho em Riacho Doce, Renascer e Esperança. O que mais você admira no trabalho dele? O Luiz nunca é cronístico, sempre tem um envolvimento de caráter mítico. Aparentemente, pode parecer com uma crônica, como as novelas que ele dirige. Mas ele sempre imprime aos personagens um interior e uma verticalidade mítica. Quando ele me convida, já sei que tem alguma coisa interessante para me oferecer. Por isso, a gente acaba sempre trabalhando com as mesmas pessoas.
Mas o que chamou sua atenção em particular?
O que mais me atraiu foi a lembrança da minha infância. No universo do enredo, as pessoas vão resgatar as esperanças. A microssérie é uma retomada da temática interiorana do Brasil. Com essa pseudo-modernidade que se cultua no urbanismo, a gente acaba se esquecendo de onde viemos. É hora de acordar para isso. Existe um esnobismo urbano em cima dessa herança caipira.
Além da microssérie, quais os seus outros projetos para 2005?
Certamente, vou para Europa lançar os filmes O Outro Lado da Rua, Redentor, Casa de Areia e Olga, que fiz em 2004. Pretendo viajar também com a peça Encontro com Fernanda pelo Brasil. A idéia é conhecer a platéia que me acompanha há tantos anos. São mais de 50 anos nessa área, sei que abro espetáculo e que tem sempre público, graças a Deus. Então, resolvi agora conhecer e conversar com esse público. Já fiz em São Paulo e foi muito interessante ver as pessoas do outro lado mais de perto.
E o que você acha de fazer a versão cinematográfica da novela Guerra dos Sexos?
Segundo o Jorge Fernando, o projeto está prometido para 2005. Adoraria fazer. Foi uma novela que fizemos em seis meses, diferentemente das tramas de hoje. Gravávamos três vezes por semana e dava para conciliar com outros projetos. Ia sair um ótimo trabalho.
Embora esteja na pele da vilã, a atriz conta que, ao mesmo tempo em que a Madrasta é má, ela tem um certo humor. Para ela, a melhor parte da trama é quando sua personagem é julgada pela justiça das histórias infantis. Nesse momento, a atriz se recorda das "historinhas" que sua avó lhe contava quando criança. "Percebi com a vida que, por mais que o Mal persiga o herói, no fundo o Bem vai sair vitorioso. Minha avó me dizia isso e, assim, consegui chegar no bonito da vida", filosofa.
As gravações de Hoje é Dia de Maria são feitas dentro de uma enorme cúpula montada em um terreno em frente ao Projac. De acordo com Fernanda, essa estrutura "experimental" está profundamente ligada ao teatro. Fato, inclusive, que motivou a atriz a participar da microssérie. Fernanda entrou tanto no clima que, na hora das gravações, atua como se estivesse em cima de um palco. "Faço as cenas para serem exibidas ao vivo, diretamente para uma platéia", conta.
Seu último trabalho na tevê foi Esperança. Por que ficou tanto tempo longe dela? Adoro televisão. Mas, para trabalhar, a trama tem de me dizer algo a mais. Não sou de me circunscrever à televisão ou de ficar dentro dela como móveis e utensílios. Não faço muito também porque sou uma mulher de teatro. O cinema me pegou muito nesses últimos tempos. Além disso, as novelas estão muito longas. Não é que eu não queira fazer ou que não seja uma coisa legal. Mas, como as novelas ficam mais tempo no ar, os capítulos estão maiores e o ritmo das gravações muito "violento". Posso fazer uma participação de um ou dois meses, mas não fico mais um ano esperando os acontecimentos da trama. Não tenho mais espírito para isso.
Você já trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho em Riacho Doce, Renascer e Esperança. O que mais você admira no trabalho dele? O Luiz nunca é cronístico, sempre tem um envolvimento de caráter mítico. Aparentemente, pode parecer com uma crônica, como as novelas que ele dirige. Mas ele sempre imprime aos personagens um interior e uma verticalidade mítica. Quando ele me convida, já sei que tem alguma coisa interessante para me oferecer. Por isso, a gente acaba sempre trabalhando com as mesmas pessoas.
Mas o que chamou sua atenção em particular?
O que mais me atraiu foi a lembrança da minha infância. No universo do enredo, as pessoas vão resgatar as esperanças. A microssérie é uma retomada da temática interiorana do Brasil. Com essa pseudo-modernidade que se cultua no urbanismo, a gente acaba se esquecendo de onde viemos. É hora de acordar para isso. Existe um esnobismo urbano em cima dessa herança caipira.
Além da microssérie, quais os seus outros projetos para 2005?
Certamente, vou para Europa lançar os filmes O Outro Lado da Rua, Redentor, Casa de Areia e Olga, que fiz em 2004. Pretendo viajar também com a peça Encontro com Fernanda pelo Brasil. A idéia é conhecer a platéia que me acompanha há tantos anos. São mais de 50 anos nessa área, sei que abro espetáculo e que tem sempre público, graças a Deus. Então, resolvi agora conhecer e conversar com esse público. Já fiz em São Paulo e foi muito interessante ver as pessoas do outro lado mais de perto.
E o que você acha de fazer a versão cinematográfica da novela Guerra dos Sexos?
Segundo o Jorge Fernando, o projeto está prometido para 2005. Adoraria fazer. Foi uma novela que fizemos em seis meses, diferentemente das tramas de hoje. Gravávamos três vezes por semana e dava para conciliar com outros projetos. Ia sair um ótimo trabalho.
Fonte:
TV Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/361999/visualizar/
Comentários