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Economia
Terça - 13 de Novembro de 2012 às 06:47

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apostou que o Brasil vai crescer 4% ou mais no ano que vem se também aumentar o investimento. Em entrevista exclusiva à Globonews, Mantega chegou a citar alguns mercados onde o consumo já cresceu: "Nesse segundo semestre jnós á estamos melhor que o primeiro, que foi fraco. O terceiro trimestre vai mostrar um crescimento de algo em torno de um ponto qualquer coisa. Isso, analisando, vai dar 3,5%, 4% ao ano. Então já estamos nesse ritmo. O consumo de carros, eletroeletrônicos, material de construção, tudo isso aumentou e nós ainda não conseguimos motivar o investimento. Provavelmente o investimento vai reagir no quarto trimestre. O Brasil tem de crescer de 8 a 10% de 2013 sobre 2012 e tem que continuar assim nos próximos anos. Temos que olhar um periodo prolongado de investimentos".

O ministro também declarou que o Brasil está com a inflação controlada: "Com a inflação você prejudica o crescimento e deteriora o salário real do trabalhador. O mercado consumidor diminui. Nesse caso a inflação está dentro da meta. A meta tem um centro e possui uma margem para oscilar, tanto para cima quanto para baixo. A seca nos Estados Unidos elevou o preço do milho e da soja, internacionalmente. A soja brasileira ficou até 40% mais cara. É um produto consumido pelos animais. Então o preço do frango, da carne, também subiu. Mas esse choque é temporário, porque o próprio Brasil já está reagindo, aproveitando essa seca. Expandimos a nossa fronteira".

Mantega criticou a atitude de alguns políticos europeus que demoram a tomar atitudes mais energicas para conter a crise.

"A Europa está mergulhada numa crise crônica e ela vai empurrando com a barriga. Os dirigentes tem seus interesses políticos e demoram para implantar instituições boas. Criar uma supervisão bancária europeia é bom, mas falei com o Draghi (Mario, presidente do Banco Central Europeu) e ele me disse que antes de 2014 não sai. Só assim poderão socorrer a Espanha. Eles são muito demorados, enrolados. Não acredito que a crise vá se agravar. O que vai acontecer é o baixo crescimento e um aumento de desemprego. E aí a crise política vai se agravar. Mercado europeu não tem dinamismo nenhum e aí o pessoal vem atrás do nosso, que é mais dinãmico", analisou.






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