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Internacional
Sexta - 31 de Dezembro de 2004 às 14:13

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A Indonésia acolherá no próximo 6 de janeiro uma reunião internacional sobre as conseqüências do maremoto no Oceano Índico, cuja cifra de vítimas mortais supera as 120.000.

O ministro indonésio de Assuntos Exteriores, Hassan Wirajuda, anunciou em um entrevista coletiva em Jacarta que a conferência permitirá também planejar a reconstrução das áreas destruídas.

Um total de 23 nações devem participar da conferência, entre elas Estados Unidos, Japão e China, além de Sri Lanka e Índia, como dois dos países mais afetados.

É prevista a assistência de representantes da ONU, da União Européia (UE) e de várias agências multilaterais como o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) é a impulsora da idéia.

A Asean, fundada em 1967, é integrada por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar (Birmânia), Cingapura, Tailândia e Vietnã.

O Ministério de Exteriores indonésio não quis se manifestar hoje sobre o amparo que terá esta reunião, que por enquanto recebeu o apoio de Cingapura, Malásia, Tailândia e da própria Indonésia.

A ONU convocou em sua sede de Genebra uma reunião para o próximo 11 de janeiro cuja finalidade é preparar uma Conferência de Doadores que sirva de ajuda aos países do sudeste asiático afetados pelo terremoto.

O comissário europeu de Ajuda Humanitária, Louis Michel, apontou hoje que a conferência de doadores, que poderá ser realizada em Bruxelas, teria uma dupla finalidade: arrecadar fundos e coordenar uma estratégia internacional de ajuda para a reconstrução e reabilitação.

Quando alguma destas reuniões for realizada a cifra de mortos na Indonésia terá superado as 100.000 pessoas, calculou hoje a ministra da Saúde deste país, Fadillah Supari.

Por enquanto, a cifra oficial provisória confirma 79.940 falecidos, 500.000 feridos e mais de um milhão de afetados na Indonésia.

Uma das áreas mais prejudicadas é a costa oeste da província de Aceh, no norte da ilha de Sumatra, na qual inúmeras populações pesqueiras desapareceram e outras cidades ficaram arrasadas em 80% ou 90% e ainda é impossível o acesso por estrada.

O único modo de alcançar os mais de 200 quilômetros da faixa litorânea devastada entre a cidade de Meulaboh e Banda Aceh, a capital provincial, é mediante helicóptero, avião ou navio, o que dificulta as tarefas de evacuação e distribuição de bens básicos e primeiros socorros.

O trabalho principal das autoridades locais, organizações internacionais e voluntários se divide entre a busca de sobreviventes e a retirada de cadáveres e a assistência aos deslocados, que se calcula em três milhões.

O governo calcula que a reconstrução se prolongará pelo menos durante cinco anos, mas espera que as tarefas de evacuação tenham finalizado em quinze dias.

A Indonésia pediu ao Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) e ao Banco Mundial (BM) cerca de 3 bilhões de dólares (2,201 bilhões de euros) para reconstruir Aceh.

O ministro da Defesa de Cingapura, Teo Chee Hean, anunciou hoje que as instalações portuárias e aéreas da cidade-Estado fora abertas para as nações que enviarem ajuda.

O ministro assinalou que o aeroporto de Banda Aceh se encontra "saturado atualmente".

Cingapura também contribuiu aos trabalhos humanitários em Aceh com vários helicópteros, equipamento para purificar água e equipes de resgate, entre outra ajuda.




Fonte: EFE

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