Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 31 de Dezembro de 2004 às 14:04

    Imprimir


Onze palestinos morreram e mais de vinte ficaram feridos na terceira operação militar que o exército israelense leva a cabo em duas semanas na cidade de Khan Yunes. As últimas vítimas desta nova operação, que começou na madrugada de quinta-feira, são três milicianos que morreram hoje por causa de um míssil disparado de um helicóptero israelense.

Fontes militares disseram que os milicianos estavam enterrando artefatos para ativá-los depois à passagem de patrulhas militares, quando o helicóptero os surpreendeu e disparou.

Outros dois palestinos, segundo o exército milicianos com um lança-granadas, também foram atacados esta manhã por um helicóptero na mesma área, mas nada se sabe sobre seu estado.

Entre os oito mortos palestinos de quinta-feira nesta nova incursão há dois adolescentes de 15 anos, um deles um doente mental, assim como pelo menos cinco milicianos que enfrentaram as forças israelenses: três do movimento islâmico Hamas e dois do braço armado do Fatah.

Trata-se da terceira vez que o exército israelense invade a localidade de Khan Yunes desde o último dia 17.

Forças de infantaria, blindados e tanques penetraram em Khan Yunes pelo oeste sob a guarda de helicópteros, em uma nova tentativa de colocar fim aos ataques diários das milícias contra as colônias judaicas do vizinho bloco de Gush Katif.

No último mês, as milícias dispararam contra os assentamentos mais de 300 projéteis de artilharia ligeira e foguetes Qassam, causando a morte de uma mulher tailandesa que trabalhava em um das estufas da zona.

Dois foguetes Qassam e uma bomba foram lançados esta manhã contra dois assentamentos de Gaza, mas só causaram danos materiais.

Os ataques das milícias ocorrem apesar de Israel ter a intenção de evacuar a Faixa de Gaza e seus 21 assentamentos na segunda metade de 2005, em um plano chamado de "desconexão" e que obteve o apoio dos EUA, UE e Egito, entre outros países.

Os mais críticos com o plano sustentam quando os assentamentos de Gaza forem evacuados, as milícias palestinas dirigirão o fogo contra o território israelense ao leste e sul de Gaza, o que obrigará o exército a intervir e voltar a ocupar partes do território autônomo.

Os repetitivos ataques contra os assentamentos judaicos de Gaza levaram à rua centenas de colonos, que se manifestaram em frente ao Ministério da Defesa, o único com sede em Tel Aviv, para exigir proteção e rigidez.

Diante das queixas, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon deu carta branca ao exército para que atue em Gaza e impeça o lançamento das bombas e foguetes.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa de Israel aprovou ontem um orçamento especial de 30 milhões de shekels (mais de 5 milhões de euros) para blindar os telhados dos colonos nas zonas mais expostas.

Mofaz ordenou que os trabalhos de blindagem sejam completos em um mês.

Por outro lado, na Cisjordânia, morreu hoje um miliciano atingido por disparos de soldados israelenses quando circulava no distrito de Nablus em companhia de outro indivíduo também armado.

Não longe dali, no distrito de Jenin, o exército deteve ontem um irmão do chefe das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, Zacaria Zbeidi.




Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/362107/visualizar/