Família utiliza salão como casa

Até cerca de 1 mês atrás, a dona de casa Maria Aparecida da Silva tinha que dividir o espaço com mais nove pessoas em uma pequena peça no Residencial Coxipó. Hoje abriga com certo conforto seus quatro filhos em uma "casa" com uma sala ampla, cozinha, um quarto e dois banheiros. Na fachada, o nome: "Centro Comunitário Avelino Tavares". Inaugurada em março de 2002, a unidade nunca funcionou de forma efetiva. Hoje é ocupado pela família de Maria Aparecida, que teve autorização do presidente do bairro para se mudar para o local.

"Disseram para eu ficar aqui até arranjar uma casa, mas se não conseguir vou ficando", afirma ela, que é casada e espera outro filho.

Para proteger a porta e as janelas que tiveram todos os vidros quebrados por vândalos, a dona de casa improvisou pedaços de papelão e compensado.

Ela diz não ter motivos para reclamar da falta de segurança, mas preocupa-se com a quantidade de lixo jogada pelos moradores no terreno dos fundos da unidade.

Contraponto - Mais próximo da região central, o centro comunitário do bairro Araés é exemplo do que deveria ocorrer com todos os outros da cidade. Limpa e organizada, a unidade oferece aulas de ginástica, yoga e aulas de alfabetização para pessoas da terceira idade três vezes por semana.

Nos fundos há um campo de futebol cujo gramado é tratado e ao lado uma quadra de esportes coberta. Com o dinheiro do aluguel do local para práticas esportivas e festas, a associação consegue manter dois funcionários para realizar serviços gerais e ainda proporcionar outras atividades à comunidade.

"Esses dias levamos a turma de idosos para um passeio em Chapada e Santo Antônio. Graças às parcerias, hoje andamos com as próprias pernas", orgulha-se o professor de Educação Física que foi cedido pela prefeitura para atuar no Centro, Paulo Zeferino da Costa. (DP)