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Boi gordo: alta de preços ficou abaixo da inflação em 2004
São Paulo, 30 - Os preços do boi gordo subiram menos que a inflação ao longo de 2004, segundo levantamento elaborado pela Scot Consultoria, de Bebedouro (SP). Nas duas principais praças de comercialização de gado de São Paulo, os preços subiram 2% neste ano, mas ao serem deflacionados pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas as cotações apresentam queda de 8% em Barretos e de 7% em Araçatuba.
O zootecnista Fabiano Tito Rosa, analista da Scot Consultoria, diz que somente na Bahia a valorização da arroba foi superior à inflação, graças à forte escassez de animais terminados observada neste final de ano. "Na Bahia não choveu bem ainda, portanto não tem boi de pasto. E se não tem boi, são poucos os produtores que estão se beneficiando da arroba a R$ 64". Este preço é o maior do País.
Ele afirmou que as maiores quedas ocorreram no Rio Grande do Sul, Paraná, Pará e Rondônia. "Além do aumento significativo da oferta de animais terminados, destaca-se, no Paraná e em Rondônia, o problema da concentração dos abates em poucos frigoríficos. No caso específico do Paraná, o Margen, que monopolizava as exportações, saiu de cena, direcionando a maior parte do gado do Estado para frigoríficos de pequeno porte."
A análise dos preços no atacado mostra que as altas também ficaram abaixo da inflação. Tito Rosa observa que apesar da recuperação da economia, com crescimento do PIB em torno de 5% e redução do desemprego, as vendas de carne não reagiram a contento.
Os preços pagos pela carne bovina também recuaram na exportação quando se analisa o comportamento no acumulado do ano. Tito Rosa faz a ressalva sobre o bom comportamento no primeiro semestre deste ano, quando os preços da carne bovina exportada reagiram, "já que o mercado internacional estava enxuto, com o real em desvalorização. De janeiro a junho, as altas foram de 21% para a carne in natura, 12% para a carne industrializada e 22% para o total ponderado, bem acima da inflação de 6% observada no período."
Ele comenta que a situação mudou no segundo semestre, quando os preços internacionais da carne bovina, em dólares, praticamente se estabilizaram. "Com a valorização do real, a margem dos exportadores diminuiu. Assim, tão logo tiveram oportunidade, derrubaram as cotações da arroba. Procedimento padrão."
Tito Rosa diz que apesar de ter caído ao longo do ano, a cotação média da carne exportada neste ano, em reais, ficou 14% acima da média de 2003, tomando como base os valores nominais. Ele afirma que o preço médio do boi gordo paulista reagiu somente 5% de 2003 para 2004. "Com inflação de mais de 10% no período, houve valorização real da carne exportada e desvalorização do boi e da carne no atacado."
O zootecnista Fabiano Tito Rosa, analista da Scot Consultoria, diz que somente na Bahia a valorização da arroba foi superior à inflação, graças à forte escassez de animais terminados observada neste final de ano. "Na Bahia não choveu bem ainda, portanto não tem boi de pasto. E se não tem boi, são poucos os produtores que estão se beneficiando da arroba a R$ 64". Este preço é o maior do País.
Ele afirmou que as maiores quedas ocorreram no Rio Grande do Sul, Paraná, Pará e Rondônia. "Além do aumento significativo da oferta de animais terminados, destaca-se, no Paraná e em Rondônia, o problema da concentração dos abates em poucos frigoríficos. No caso específico do Paraná, o Margen, que monopolizava as exportações, saiu de cena, direcionando a maior parte do gado do Estado para frigoríficos de pequeno porte."
A análise dos preços no atacado mostra que as altas também ficaram abaixo da inflação. Tito Rosa observa que apesar da recuperação da economia, com crescimento do PIB em torno de 5% e redução do desemprego, as vendas de carne não reagiram a contento.
Os preços pagos pela carne bovina também recuaram na exportação quando se analisa o comportamento no acumulado do ano. Tito Rosa faz a ressalva sobre o bom comportamento no primeiro semestre deste ano, quando os preços da carne bovina exportada reagiram, "já que o mercado internacional estava enxuto, com o real em desvalorização. De janeiro a junho, as altas foram de 21% para a carne in natura, 12% para a carne industrializada e 22% para o total ponderado, bem acima da inflação de 6% observada no período."
Ele comenta que a situação mudou no segundo semestre, quando os preços internacionais da carne bovina, em dólares, praticamente se estabilizaram. "Com a valorização do real, a margem dos exportadores diminuiu. Assim, tão logo tiveram oportunidade, derrubaram as cotações da arroba. Procedimento padrão."
Tito Rosa diz que apesar de ter caído ao longo do ano, a cotação média da carne exportada neste ano, em reais, ficou 14% acima da média de 2003, tomando como base os valores nominais. Ele afirma que o preço médio do boi gordo paulista reagiu somente 5% de 2003 para 2004. "Com inflação de mais de 10% no período, houve valorização real da carne exportada e desvalorização do boi e da carne no atacado."
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/362240/visualizar/
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