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Cidades/Geral
Segunda - 27 de Dezembro de 2004 às 12:40
Por: Carlos Martins

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Vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), a Metamat (Companhia Mato-grossense de Mineração) foi fundada em 1971 com a missão de direcionar o fomento da atividade mineral em Mato Grosso e de ser a responsável pela execução de projetos integrados no Estado. No ano que está se encerrando, a Metamat também solidificou outros projetos além do diagnóstico realizado na indústria ceramista. Um deles foi o programa Artesanato Mineral, que proporciona aos seus participantes uma opção de emprego e renda. De um total de 40 formados até agora desde 2001, 29 deles foram qualificados entre 2003 e 2004 em Cuiabá por meio de uma parceria formada pela Metamat, Sicme e a Secretaria do Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec). Para produzirem as peças, os alunos utilizam rejeitos da mineração, como calcário, arenito, cristal de rocha, quartzo róseo e o granizo.

Os novos artesãos, formadas pela escola em Cuiabá, têm a missão de atuar como disseminadores em pólos regionais do Estado, formando novos profissionais. Hoje, além de Cuiabá, foram instaladas oficinas de artesanato em Poconé, Juína, Peixoto de Azevedo, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda e Nova Brasilândia. “Nesses novos núcleos os instrutores vão trabalhar na formação de novos artesãos e também na prospecção de novas matérias primas. Por meio do artesanato, principalmente na área do turismo, o Estado vem sendo divulgado”, disse o geólogo Marcos Vinicius Paes de Barros, chefe do Departamento de Geologia e Mineração da Metamat.

Através de outro projeto da Metamat, fontes de insumos minerais foram identificados em diferentes regiões do Estado. São insumos como o calcário e o fósforo, utilizados na agricultura para a correção do solo. Praticamente em todas as regiões, novas jazidas já foram identificadas, o que confere a Mato Grosso o título de maior produtor de calcário do Brasil. No ano passado, a produção mato-grossense atingiu 5,250 milhões de toneladas de calcário. No Norte, em municípios como Porto Alegre do Norte, Alta Floresta e Guarantã do Norte, novos trabalhos de prospecção também estão sendo realizados para identificar novas jazidas.

KIMBERLEY - Em outro projeto, a Metamat formalizou uma parceria com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), para treinar técnicos para atuarem na certificação de diamantes por meio da Certificação do Processo Kimberley. A certificação inclui a especificação da pedra e origem (empresa registrada e de acordo com legislação ambiental). Mato Grosso é o maior produtor do país, com cerca de 90% da produção nacional, e o processo é um instrumento para espelhar a realidade da produção. De julho do ano passado até julho deste ano, 11 certificados foram emitidos. Além do controle da exploração, a certificação garante ao Estado o recebimento de impostos referentes às exportações que são recolhidas em outros Estados e até em outros países. Criado em 2002, o certificado do Processo de Kimberley reúne os países produtores e comerciantes do diamante bruto. Os países que não forem membros do Grupo de Kimberley estão excluídos do comércio de diamantes brutos.

SIG - Implantado pela Metamat em outubro deste ano, o Sistema de Informações Geo-Ambiental (SIG) inicialmente está fazendo estudos em Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães e parte de Santo Antônio do Leverger e Nossa Senhora do Livramento. Estão sendo feitos levantamentos geológicos que incluem recursos hídricos e solos. “A partir deste diagnóstico do uso e ocupação serão identificadas as áreas de exploração. Isso permitira aos municípios planejarem seus investimentos, direcionando, assim, o desenvolvimento econômico”, explica o geólogo. Com o auxílio do satélite, o município saberá qual a zona mais indicada para a agricultura, pecuária ou extração mineral. Segundo Marcos Vinícius, todas as atividades minerais já foram cadastradas no Estado e a maioria está em processo de legalização.

A previsão é que o SIG esteja concluído até o final de 2005, quando serão divulgados relatórios, mapas e texto explicativo. “O SIG será um instrumento importante também para o Aglomerado Urbano [que reúne Cuiabá e Várzea Grande]. Dará o suporte para a implantação de políticas em várias áreas, incluindo os transportes”, afirmou o chefe do Departamento de Geologia.





Fonte: Redacao Secom-mt

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