Em entrevista prévia à definição das penas, Rui Falcão repete a tese do partido de que houve caixa dois, e não corrupção, e diz que réus
Presidente do PT diz que partido será "solidário" a punidos no mensalão
Em conversa com a BBC Brasil pouco antes do segundo turno das eleições municipais - e antes, portanto, da definição das penas aos réus do mensalão -, Falcão disse que o partido respeita a decisão do Supremo.
"Como o Supremo é um dos poderes da República, sua decisão prevalece. O que não significa que concordamos com ela", disse o deputado estadual em seu gabinete em São Paulo.
"Os filiados do PT que foram condenados ainda têm recursos a utilizar e vão lançar mão de todos os meios para provar a sua inocência. E nós vamos estar solidários com eles."
Nesta segunda-feira, o ex-ministro do governo Lula José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão pelo Supremo; José Genoíno, ex-presidente do PT, foi condenado a 6 anos e 11 meses.
Falcão manteve a defesa de que o partido praticou caixa dois, e não corrupção.
"O que ocorreu no caso do PT e não foi o único - o que não justifica - é que com doações privadas, sem haver sanção - ou no máximo crime eleitoral - as pessoas não contabilizam todos os recursos, porque o doador não quer aparecer ou o partido não faz a declaração do que recebeu", justificou.
Reforma política
Questionado se o julgamento do mensalão trará mudanças na forma como se faz política, o presidente do PT disse que, "se não houver hipocrisia", o ambiente será favorável à votação de pontos da reforma política, como o financiamento público de campanha.
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