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Ex-diretor do BC critica rigidez do Copom
São Paulo - Desta vez, o Banco Central foi longe demais. Esta é a opinião do economista Carlos Thadeu de Freitas, professor do Ibmec e ex-diretor do BC, entrevistado de ontem do programa Conta Corrente, da "Globo News". Não há explicação lógica, no entender do economista, para uma ata tão "duríssima". "Se fosse há dois anos seria normal, pois os preços estavam subindo. Agora, os preços não estão subindo. Estão sob controle", destacou.
Na ata, divulgada ontem, o BC afirmou que a taxa de juros continuará subindo para garantir que a meta de inflação de 5,1% para 2005 seja cumprida. Entre os motivos destacados pelo BC estão a alta dos preços no atacado, que continuam sendo uma fonte de pressão para a inflação no varejo, e o preço do petróleo no mercado internacional, que continua incerto.
Freitas vê exagero na atitude do BC, porque, segundo ele, baixar a meta de 5,78% para 5,1% não é uma redução que justifique a manutenção de juros tão altos e em trajetória ascendente. "Se fosse inflação de 15% para 8% tudo bem. Acho importante ter regime de metas de inflação, mas a idéia do BC de ter uma precisão tão cirúrgica assim fica muito caro ao País", criticou.
Para o professor do Ibmec, a atitude do BC é contraditória, pois o próprio banco reconhece que a economia brasileira está crescendo vagarosamente. "Como a economia vai crescer com juros tão pesados?", questiona. Juros altos, segundo ele, reduzem investimentos e, sem investimentos não há crescimento, e sem crescimento não há renda. Essa política,entende o economista, tem um ´efeito dominó´ pois, sem renda, o trabalhador não paga suas dívidas, elevando o índice de inadimplência e reduzindo a movimentação da economia. Freitas não acredita em uma redução da taxa de juros antes de agosto do ano que vem.
Na ata, divulgada ontem, o BC afirmou que a taxa de juros continuará subindo para garantir que a meta de inflação de 5,1% para 2005 seja cumprida. Entre os motivos destacados pelo BC estão a alta dos preços no atacado, que continuam sendo uma fonte de pressão para a inflação no varejo, e o preço do petróleo no mercado internacional, que continua incerto.
Freitas vê exagero na atitude do BC, porque, segundo ele, baixar a meta de 5,78% para 5,1% não é uma redução que justifique a manutenção de juros tão altos e em trajetória ascendente. "Se fosse inflação de 15% para 8% tudo bem. Acho importante ter regime de metas de inflação, mas a idéia do BC de ter uma precisão tão cirúrgica assim fica muito caro ao País", criticou.
Para o professor do Ibmec, a atitude do BC é contraditória, pois o próprio banco reconhece que a economia brasileira está crescendo vagarosamente. "Como a economia vai crescer com juros tão pesados?", questiona. Juros altos, segundo ele, reduzem investimentos e, sem investimentos não há crescimento, e sem crescimento não há renda. Essa política,entende o economista, tem um ´efeito dominó´ pois, sem renda, o trabalhador não paga suas dívidas, elevando o índice de inadimplência e reduzindo a movimentação da economia. Freitas não acredita em uma redução da taxa de juros antes de agosto do ano que vem.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/362699/visualizar/
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