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Nacional
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 16:33
Por: AFP

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Dois bilhões de pessoas no mundo todo ainda não consomem iodo suficiente, falha que pode causar sérios problemas ao cérebro, apesar do número de países com o problema ter diminuído à metade, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A falta de iodo é uma grande ameaça à saúde e ao desenvolvimento da população no mundo inteiro, em especial para as crianças e mulheres grávidas", diz Lee Jong-Wook, diretor-geral do corpo médico da ONU.

Um novo relatório da OMS mostra que o número de nações onde a falta de iodo é um problema de saúde pública caiu de 110 na década anterior para 54 em 2003, graças a programas que incentivam a colocar sal iodado na comida.

No mundo inteiro, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que 66% das casas têm acesso ao sal iodado, mas a OMS avalia que mais deve ser feito.

"A deficiência de iodo afeta o desenvolvimento do cérebro das crianças enquanto eles ainda estão no útero", afirmou Bruno de Benoist, médico que escreveu o relatório.

Pode prejudicar o desempenho de uma criança na escola e no local de trabalho no futuro, o que acaba tendo repercussão na economia de um país, disse.

O informe Iodine Status Worldwide descobriu que a deficiência de iodo é um problema brando em 40 dos 54 países afetados, mas representa uma ameaça de moderada a grave nos outros 14.

"Isso atrai a atenção para um problema que é pouco conhecido. A deficiência de iodo afeta dois bilhões de pessoas em todos os países do mundo, inclusive na Europa", avaliou.

Benoist explicou que nem todos sofrem de algum problema, mas estão em situação de risco devido à falta da substância na sua dieta.

O problema de deficiência de iodo é mais forte na África, onde seis países estão nas categorias de moderada a grave, enquanto na Europa há apenas um nesta classificação, a Albânia, explicou.

A Europa, entretanto, tem o mais alto número de países onde o problema é fraco, entre eles a Rússia e a Ucrânia. Ao mesmo tempo, o consumo de iodo é muito grande em 29 nações, o que pode levar à disfunção da tireóide, afirma a OMS.

A agência quer eliminar a falta de iodo no mundo até 2005.





Fonte: Jornal Documento

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