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Economia
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 11:55
Por: Ana Paula Ribeiro

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A taxa de juros do cheque especial subiu para 142% ao ano em novembro, uma alta de 0,9 ponto percentual em relação ao mês anterior, retornando ao nível de março deste ano.

A alta foi maior ainda nas operações para aquisição de bens, com exceção de veículos, que tiveram um incremento de 1,1 ponto percentual, para 62,5% ao ano.

“As taxas vêm acompanhando o movimento da taxa Selic, em especial as prefixadas”, disse o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Desde setembro o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) vem aumentando a taxa básica de juros da economia, a Selic. Hoje, ela está em 17,75% ao ano.

No crédito pessoal, a taxa ficou estável em 73,8% ao ano. No entanto, só não houve elevação porque o crédito consignado (desconto em folha de pagamento), que faz parte dessa modalidade, registrou queda de 0,6 ponto percentual em novembro, para 38,9% ao ano. Em janeiro, a taxa era de 42,5% ao ano.

Também foi registrado um aumento de volume de recursos no crédito consignado, de 7,1%, para R$ 11,725 bilhões.

“A medida que vai crescendo a formalização do emprego, você vai viabilizando isso [o acesso ao crédito com desconto em folha]”, disse Lopes.

CUSTOS

As elevações no cheque especial e na aquisição de bens colaboraram para que a taxa média cobrada da pessoa física subisse 0,2 ponto percentual, para 63,4% ao ano. Para pessoa jurídica (empresas) foi registrada uma pequena queda, de 31,1% para 30,9% ao ano em novembro.

No geral, a taxa de juros média passou de 45,6% para 45,7% ao ano em novembro. O spread ficou em 45,6 ponto percentual, 0,3 ponto menor que em outubro.

Spread bancário é a diferença entre o custo da captação para as instituições financeiras e a taxa cobrada por elas nos empréstimos a clientes.

Considerando apenas as operações prefixadas - grande parte das linhas disponíveis para pessoa física são prefixadas -, a elevação também foi de 0,1 ponto, para 54,9%, com spread de 37,3 ponto percentual, uma queda de 0,6 ponto percentual.

Segundo Lopes, o que sobe é o custo das captações, já que o spread está em queda. Segundo ele, isso é típico do período, quando as empresas e consumidores optam por linhas de crédito de curto prazo, como o cheque especial, que têm tarifas mais

elevadas. A taxa de inadimplência média subiu de 7,1%, ante 7,3% em novembro. Para pessoa jurídica, a taxa passou de 1,6% para 1,7% se for contabilizado o atraso até 90 dias e de 1,8% para 1,7% nos compromissos atrasados há mais de 90 dias. Nos dois casos, para pessoa física, a taxa está em 6,4%.




Fonte: France Press

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