Cemat cresce 10% em 2004 e está acima da média nacional

Com números positivos e projeções otimistas para 2005, o vice-presidente de Operações da Cemat, Antônio da Cunha Braga, anunciou que a concessionária estadual de energia fecha o ano com um crescimento de 10,28% no fornecimento de energia, em relação ao ano passado e que para o próximo ano, cerca de R$ 66,21 milhões serão aplicados em recursos próprios em novos empreendimentos, cifras cerca de 12% acima do volume injetado em 2004.

Outros R$ 110 milhões serão avolumados para setor, por meio do programa "Luz para Todos", que conta com contrapartida da Cemat de R$ 67,3 milhões.

Segundo Braga, o crescimento da empresa é resultado da expansão do agronegócio, que ampliou a base de clientes da classe industrial e rural, o "que conseqüentemente levou ao aumento do consumo". Para 2005, a previsão é de que a base de clientes totalize 810 mil novas ligações e atinja aumento de 8,5%, em relação a 2004 que fecha com incremento de 5,76%, com 747 mil consumidores.

A energia, insumo essencial para agronegócio de alta tecnologia, coloca o Estado em posição superavitária em relação ao resto do País, pois a evolução no consumo mato-grossense está acima da média nacional. Enquanto a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) prevê crescimento de 5% para o setor, em Mato Grosso o balanço final da Cemat revela percentual acima de 10,28%.

Questionado sobre as projeções pessimistas para o agronegócio, Braga destaca que a empresa reviu todos os números e que as metas para os próximos doze estão atualizadas com a nova realidade do setor primário. "O crescimento vai continuar, mesmo que de forma mais tímida", justifica Braga.

A analise setorial do mercado local de energia revela que a classe industrial, com 11%, foi a que mais expandiu em relação a novos clientes, seguida pela rural, com expansão de 7%. Com relação ao consumo - a Cemat pode ter seu desempenho mensurado destas duas maneiras - há uma inversão. A rural dispara um crescimento de 23%, seguida da classe industrial, com 17,7%. Em nível estadual, as projeções para 2005 são de um aumento de 6%, contra os 10,28%, contabilizados em 2004.

NOVOS PÓLOS - O balanço da Cemat reafirma o potencial agrícola estadual. Com relação a inserção de novos clientes, no acumulado até novembro despontam as regionais - divisão administrativa feita pela empresa que repartiu o Estado em seis - de Sinop e Barra do Garças, com expansão de 8,64% e 7,44%, respectivamente. Com relação ao crescimento, mensurado por meio do consumo de energia, lideram o ranking da Cemat, as regionais de Rondonópolis e Sinop, com percentuais de 18% e 14%, respectivamente. "Com estas duas análises, é nítida a importância do agronegócio e fica sinalizado o fortalecimento de dois pólos em Mato Grosso, Sinop e Rondonópolis", avalia Braga.

Com relação a este desenvolvimento, Braga detalha que somente na regional de Sinop - com 18% de participação no bolo total da empresa - a base de clientes industriais foi a que mais cresceu, 22%, com 824 novas unidades. Com relação a Rondonópolis, há o crescimento de 33%, com relação ao consumo. "Nesta regional a demanda tem sido por projetos de irrigação para a agricultura", justifica.