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Cidades/Geral
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 11:08
Por: Carlos Martins

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De acordo com a pesquisa de Estatísticas do Registro Civil de 2003 organizada e divulgada ontem pelo IBGE, no ano passado foram realizados no País 748.981 casamentos, o que representou uma variação positiva em relação ao ano anterior de 4,7%. O aumento decorre principalmente da regularização das uniões estimuladas pelos casamentos coletivos promovidos por prefeituras e igrejas. Os números de 2003 representam um retorno ao patamar de 1993 quando houve 745.826 casamentos. Com base nas informações prestados ao instituto pelos cartórios de registro civil de todo o país, o IBGE também sistematizou dados sobre divórcios, separações judiciais e nascimentos e óbitos.

Em Mato Grosso, é cada vez mais crescente o número de municípios que realizam casamentos coletivos. A Associação das Primeiras Damas dos Municípios do Estado de Mato Grosso (APDM) estima que de 70% a 80% dos 139 municípios tenham organizado as cerimônias. Dentre os municípios destacam-se Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde e Sapezal, que neste ano, devido à demanda, chegou a fazer dois casamentos coletivos.

No Estado, em 2003 o total de casamentos segundo os dados do IBGE chegou a 10.312. Na capital, Cuiabá, foram oficializadas 1.712 uniões. A maioria dos casais preferiu o mês de dezembro para iniciar uma vida a dois. No Estado foram 1.782 casamentos realizados no último mês do ano e em Cuiabá 282. Foram pesquisados os casamentos a partir dos 15 anos e até 65 anos. Em Mato Grosso, entre os homens, a maior quantidade está na faixa de 20 a 24 anos com 3.210 casamentos e, em Cuiabá, a média situa-se na faixa de 25 a 29 anos, com 553 casamentos. Já entre as mulheres, na mesma faixa – 20 a 24 anos – também ocorre o maior número de casamentos. São 3.271 casamentos no Estado e 602 em Cuiabá.

No país, observa-se, também, que é justamente na faixa de 20 a 24 anos que ocorre o maior número de casamentos entre as mulheres (28,6%). Para os homens, as maiores taxas apareceram no grupo de 25 a 29 anos (29,5%). O levantamento mostrou ainda que a idade média dos casamentos vem aumentando desde o início da década de 90. Em 1993, a idade média era de 24 anos entre as mulheres e de 27,5 entre os homens. Em 2003, a média subiu para 27,2 anos entre as mulheres e 30,6 anos entre os homens.

SEPARAÇÕES - Se por um lado cresceu o número de casamentos, a pesquisa revelou que as separações estão seguindo o mesmo comportamento. O número de divórcios passou de 94.896 para 138.676 de 1992 para 2003. E o de separações subiu de 87.885 para 102.529 no mesmo período. Segundo o IBGE, a média de idade no momento das separações judiciais e dos divórcios vem aumentando, seguindo o padrão observado na década passada. Provavelmente isso ocorre por influência da legislação corrente em vigor desde a Constituição Federal de 1988 que exige pelo menos um ano de separação judicial ou dois anos de separação de fato para que o processo de divórcio possa ser iniciado.

No ano passado, 77,9% das separações judiciais e 68,7% dos divórcios foram consensuais. No primeiro caso, a iniciativa da separação coube às mulheres com 72% dos pedidos contra 28% dos homens. Quanto aos requerentes das ações de divórcio, as diferenças entre homens e mulheres foram menores, com 46,6% para homens e 53,4% para as mulheres. Provavelmente, o crescimento de homens requerendo divórcio está associado ao fato de eles recasarem em maiores proporções do que as mulheres.




Fonte: Diário de Cuiabá

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