Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 07:25
Por: Paula Puliti

    Imprimir


São Paulo - O empresário Claudio Vaz, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), disse hoje que o impacto da apreciação do real sobre as exportações brasileiras não será imediato. Ele argumenta, em primeiro lugar, que tanto a pauta quanto os destinos das vendas externas brasileiras viveram um forte processo de expansão nos últimos dois anos, e os empresários não vão querer abandonar de uma hora para outra as conquistas mercadológicas obtidas com esforço.

Em vez disso, Vaz acredita que o exportador tentará absorver sua perda da rentabilidade até o limite. "Ele só vai parar de exportar quando não tiver mais nenhuma perspectiva de retomada da rentabilidade ", afirmou Vaz.

Em outras palavras, se a política monetária não se tornar mais favorável às vendas externas em um prazo de seis a oito meses, mais ou menos, aí sim o empresário pode decidir a voltar novamente para o mercado interno, reduzindo as exportações. "Se o exportador desiste logo de cara, ele perde todo um mercado conquistado", disse o empresário à Agência Estado.

Momento delicado

A avaliação, no entanto, está longe de significar falta de preocupação do setor privado com a equação câmbio/juros. "O câmbio valorizado estimula as importações, reduz a rentabilidade das exportações e os juros comprimem o mercado interno. O momento é de preocupação real", destacou Vaz.

Mas, independentemente do comportamento do exportador, o presidente do Ciesp acredita em redução do saldo comercial em 2005, sobretudo por conta do desempenho das importações. O Ciesp projeta uma saldo comercial em torno de US$ 24 bilhões, com exportações ao redor de US$ 100 bilhões, puxadas não pelo dólar, mas pelos novos mercados, e importações na casa dos US$ 76 bilhões.





Fonte: Agência Estado

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/363112/visualizar/