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Nacional
Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 16:30
Por: Isabel Sobral

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Brasília - O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, defendeu um acordo entre a União e as companhias aéreas em relação aos créditos e débitos que as partes têm, como a melhor forma de solucionar a crise do setor aéreo e também diminuir a burocracia do Poder Judiciário. Segundo Vidigal, que se reuniu por mais de duas horas com os três presidentes das principais companhias, separadamente, já houve uma solução jurídica para as ações que as empresas movem na Justiça, reivindicando perdas dos planos econômicos, na década de 80, e agora é preciso encontrar uma solução econômica e política.

Segundo ele ainda serão realizadas mais duas ou três reuniões com os empresários para fechar os dados numéricos das reivindicações e só depois ele mesmo, Vidigal, pretende buscar uma conversa com o Poder Executivo. "Acho que é possível um acordo nesse caso, o que seria vantagem para as empresas e também para a União, que só perde com a protelação", disse Vidigal.

Na avaliação do presidente do STJ, mesmo que a União recorra ao Supremo Tribunal Federal contra a vitória da Varig, na semana passada, em uma ação julgada pelo STJ, isso não impediria a celebração de um acordo.

Ele defendeu a posição do Judiciário em tentar intermediar acordos, alegando que isso faz parte das ações de um Poder Judiciário mais ativo e moderno. "A Justiça não tem que ficar apenas batendo martelo. É importante que ela tente também intermediar os acertos", afirmou Vidigal. Ele informou que foi procurado pelas empresas para ser o interlocutor nessa tentativa de acordo.




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