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Economia
Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 10:43
Por: Joana Dantas

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Os lojistas de Cuiabá e Várzea Grande estão revoltados com a decisão da prefeitura municipal de autorizar a reabertura da Feira de Confecções de Goiânia, estabelecida há dois anos em Cuiabá no bairro Coxipó.

A Feira de Goiânia, onde existem mais de 100 barracas, foi interditada pela prefeitura no sábado e retornou às atividades no dia seguinte (19).

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Roberto Carvalho de Almeida, a feira vem praticando concorrência predatória no mercado.

"Os feirantes atuam de forma irregular em todos os aspectos: praticam vendas subfaturadas na entrada das mercadorias, temos documentos que compravam o fato; os trabalhadores não são registrados, eles têm permissão para vender no atacado, mas comercializam no varejo; o barracão onde funciona a feira é inadequado para atendimento ao público e foi reprovado pelo Corpo de Bombeiros", afirmou Carvalho.

De acordo com ele, os comerciantes não querem o fechamento da feira, mas a sua regularização para que a concorrência ocorra de forma igualitária.

"Da forma como a atual é um desrespeito às leis, estão irregulares, prejudicando os lojistas estabelecidos em Cuiabá, isso é muito preocupante porque dá mal exemplo", ponderou Carvalho.

Em entrevista passada, a proprietária da Feira de Goiânia, Sueli Maria da Silva, negou a sonegação fiscal e comercialização de produtos subfaturados.

Ela garante que seus preços são compatíveis com as mercadorias populares vendidas no local, que são a metade do valor do mesmo produto comercializado no comércio de mesmo padrão em Cuiabá.

"Não temos subfaturamento, pago corretamente os impostos, que são altos. Não há nenhuma empresa em Cuiabá que paga mais imposto que eu", afirmou à época, em maio.

Em relação ao emprego, a vendedora confirma que os funcionários não são registrados sob a justificativa de que estão configurados como diaristas.

Também no mesmo período, a Secretaria de Comunicação afirmou que fazia fiscalização ostensiva na feira para coibir a sonegação.




Fonte: Folha do Estado

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