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Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 10:18
Por: Daniele Danchuva

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Ao menos 200 membros do Movimento dos Sem-Terra (MST) participaram na tarde de ontem de um protesto contra as mortes ocorridas no campo em todo o país. O evento faz parte de uma jornada realizada no Brasil interior contra a impunidade dos assassinos no campo. Os manifestantes também cobraram uma posição do governo e da Justiça estadual para que não aconteça em Mato Grosso o que está acontecendo em outros Estados brasileiros, quanto a morte de militantes do MST.

Os manifestantes simbolizaram a morte dos companheiros em Minas Gerais com cinco caixões e com a mensagem “Chega de Morte”.

O coordenador do MST em Mato Grosso, Altamiro Stochero, explicou que hoje em dia “os pistoleiros matam à vontade e o governo não faz nada”. Segundo ele, o governo federal atual é o recordista em assassinatos no campo.

Um mês

Ontem também completou um mês da morte dos cinco integrantes do MST na cidade de Felesburgo, em Minas Gerais, sendo que semana passada, na quinta e sexta-feira, outros três militantes foram assassinados em Pernambuco, fazendo com que este ano sejam totalizados mais de 50 assassinatos.

Stochero explicou que com a manifestação, a direção do MST no Estado conseguiu pré-agendar uma reunião entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o governo estadual para o dia 15 de fevereiro, para discutir as questões de terras devolutas, terras da União e pistolagem em Mato Grosso.

Os manifestantes caminharam da frente do Incra até o Tribunal de Justiça.

Natal e Ano-Novo

Os membros do MST, que participaram do manifesto, afirmaram que passarão o Natal e o Ano-Novo acampados em frente ao Incra, onde estão desde junho deste ano, aguardando decisões do Incra sobre assentamentos.




Fonte: Folha do Estado

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