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Internacional
Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 07:13

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Os Estados Unidos enfrentam novas acusações de terem praticado abusos contra prisioneiros mantidos na base militar da baía de Guantánamo, em Cuba. As denúncias, com base em testemunhos de agentes do FBI que estiveram no local, são parte de um processo judicial movido contra o governo de Washington pela União Americana das Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês).

A organização afirma que alguns detentos – em sua maioria capturados durante a ofensiva militar contra a Al-Qaeda e o regime do Talebã no Afeganistão, em 2001 – foram mantidos acorrentados no chão em posição fetal por mais de 24 horas.

De acordo com a acusação, os presos teriam ficado sem receber comida e água e tiveram acesso negado ao banheiro, sendo obrigados a permanecer em meio aos próprios excrementos.

Cães

Agentes do FBI (polícia federal americana) dizem em e-mails sobre as condições em Guantánamo que verificaram nos últimos dois anos o uso de cães ferozes para intimidar os presos.

Autoridades do Departamento de Defesa negaram anteriormente que essa prática fosse realizada na prisão.

Os agentes federais disseram ainda que um detento foi enrolado numa bandeira de Israel e "bombardeado" com música em alto volume e luzes estroboscópicas, numa das táticas utilizadas para convencê-lo a falar durante interrogatório.

A ACLU utilizou instrumentos legais que obrigam o governo dos Estados Unidos a dar acesso à informação (a Lei da Liberdade de Informação).

Desta forma, obteve a liberação de e-mails trocados por agentes do FBI sobre a situação na base militar.

O Pentágono promete investigar as denúncias, que incluem ainda interrogadores militares terem fingido ser agentes do FBI, numa tentativa de ganhar a confiança dos prisioneiros e fazê-los cooperar com informações.




Fonte: BBC Brasil

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