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Cidades/Geral
Segunda - 20 de Dezembro de 2004 às 13:48

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A grilagem de terras públicas no oeste do Pará tem a cara do crime organizado: corrompe servidores públicos, se utiliza de humildes agricultores como “laranjas”, usa pistoleiros para expulsar moradores da floresta que tiram da terra a própria sobrevivência e age com absoluta certeza de impunidade.

Há pelo menos quatro anos, os grileiros vêm tentando se apossar de três milhões de hectares de terras pertencentes à União e ao Estado do Pará nos municípios de Santarém, Belterra, Placas, Uruará, Rurópolis e Monte Alegre, onde grandes áreas de mata virgem são derrubadas diariamente para a extração ilegal de madeira ou sua transformação em campos de soja - a nova mania na região trazida por empresários de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

E vale tudo na luta desses novos colonizadores. Desde a compra de certidões de propriedade da terra e adulteração de mapas em órgãos públicos até a falsificação de escrituras em cartórios. Dificuldades são vendidas sem a menor cerimônia, para que as facilidades sejam muito bem pagas.

Os novos barões da terra que andam em carros importados pelas ruas de Santarém e vivem em luxuosas mansões à beira de praias paradisíacas do Pará querem criar no coração da floresta amazônica uma nova república: a “República dos Grileiros”, do tamanho do Estado de Alagoas. Felizmente, até agora, só emplacaram fracassos, denúncias e o hábito de ver o sol nascer quadrado. O responsável pelo revés dos criminosos tem nome: Polícia Federal.




Fonte: 24 Horas News

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