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Economia
Segunda - 20 de Dezembro de 2004 às 08:40
Por: Joana Dantas

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Nos últimos dois anos, Cuiabá registrou um aumento significativo de pet shops. O Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV) aponta um incremento no período de 50%.

O número de lojas especializadas no cuidado com animais domésticos é superior a 60 unidades, no entanto afirma o presidente do CRMV, Rui Carlos Schneider, a cada 90 e 120 dias há empresas abrindo e fechando.

"A oscilação no mercado é comum devido à falsa idéia de que vender ração e produtos de higiene para animais é uma forma fácil de ganhar dinheiro. Além disso, a maioria é de pequeno porte, evita contratar um veterinário, como determinado em a Lei 517, e quando é fiscalizada, muda de endereço", disse o presidente da CRMV.

De acordo com ele, as empresas de pet que conseguem se estabilizar no mercado desenvolvem serviço integrado a uma clínica sob orientação e vigilância de um profissional da área.

O setor de produtos e serviços destinados aos animais fatura R$ 120 milhões por ano no Brasil.

A produção de alimentos para o setor vem crescendo a cada ano. O Brasil ocupa a segunda colocação no mercado mundial em volume. Em 2003, a produção chegou a 1,295 milhão de toneladas. O faturamento do setor no mesmo período foi de US$ 1,2 bilhão, o quinto maior do mundo.

A população animal também é bastante significativa no país. Dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2002, indicam uma população de 38 milhões de animais domésticos vivendo no país, sendo 27 milhões de cães e 11 milhões de gatos. Cerca de 63% da população brasileira das classes A, B e C tem um animal de estimação dentro de casa.

O presidente da CRMV ressalta que o marketing agressivo das indústrias de ração e o aumento de profissionais no mercado influenciaram a expansão do setor de pet shop. Porém, o maior impacto ocorre em função da mudança de comportamento dos donos com seus animais.

"Hoje as pessoas têm maior preocupação com a saúde e alimentação dos seus animais. Até vira-lata é atendido em clínicas. O uso de ração se popularizou também por ser mais prático, além de saudável, para o bicho", avaliou Schneider.

A proprietária de uma pet shop, Silvana Palma Ribeiro, atribui esse cuidado com os caninos e felinos à solidão. "As pessoas estão cada vez mais sozinhas e utilizam os animais para preencher esse vazio, por isso passaram a tratar os bichos como uma companhia", ponderou Silvana, uma das mais antigas no mercado.

Interior

A febre de pet shop também atingiu municípios do interior de Mato Grosso.

Conforme Schneider, a demanda por estes serviços é cada vez maior, a dificuldade é que a grande parte dos profissionais saem das faculdades querendo trabalha em Cuiabá e Várzea Grande.




Fonte: Folha do Estado

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