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Rombo em cooperativa ajudou a financiar campanhas políticas
A fraude na Sistema de Cooperativa de Crédito de Poconé (Sicoob Pantanal), que resultou na interdição da instituição financeira, pode superar a casa dos R$ 6 milhões, disse o ex-contador Ney Gomes Arruda, que é acusado pela diretoria de ser o responsável pelo rombo. Alegando inocência, que sua família vem sofrendo ameaças e de ter agido sob orientação dos próprios diretores, Ney Arruda disse que está colaborando com a Justiça Federal e com o Ministério Público Federal para esclarecer o fato.
"A busca e apreensão feita pela Polícia Federal (em decisão do juiz Julier da Silva), foi feita após eu ter encaminhad a denúncia ao Ministério Público Federal", declarou. O contador mostrou um calhamaço de de cópias de cheques-caução de valores que variam de R$ 5,6 mil a R$ 412 mil e que nunca foram pagos, notas promissórias e farta documentação que, segundo ele, podem comprovar as irregularidades e comprometer os atuais e ex-diretores.
Esses cheques, 32 ao todo, sendo alguns em branco, foram usados para fins de financiamento de campanhas políticas de Amauri de Campos, vice-presidente da Cooperativa, candidato a deputado estadual em 1994, não eleito.
Para efeito de prestação de contas, os cheques teriam que ser devolvidos e carimbados pelos bancos para que houvesse a execução jurídica. "Só que não é interessante para eles executar ninguém não", afirmou o ex-contador.
De acordo com depoimento de Arruda à Justiça Federal, "as campanhas políticas [Campos também teria se candidatado a prefeito, em 96] fizeram com que senhor Amauri de Campos contraísse elevadas dívidas, as quais, posteriormente, foram saldadas com recursos da cooperativa".
A Cooperativa, segundo o ex-contador, por ser de pequeno porte, não tinha como saldar os custos das campanhas políticas realizadas por Campos, dívidas que somariam R$ 1,2 milhão aproximadamente.
Ney Arruda, agora de posse das cópias dos cheques-caução, estima que o rombo na Cooperativa esteja em cerca de R$ 6 milhões, valor bem maior do que os R$ 4 milhões estimados inicialmente.
A Cooperativa, sustentou Arruda, "passou a fazer liberações para custear os pagamentos das dívidas, sendo que tais liberações não seguiam os trâmites normais de administração aplicáveis aos demais cooperados".
Essas operações bancárias para pagamentos de dívidas de campanhas teriam sido avalizadas pelos membros da família Campos ou pelo próprio presidente da Cooperativa, Cláudio Severino Leal.
Amauri de Campos "era vice-presidente da Cooperativa, então tinha facilidade para conseguir liberação de dinheiro", conforme sustentou Arruda. "Já não vejo o Amauri aqui em Poconé, já há muito tempo. Ouvi dizer que ele é gerente ou presidente do Banco da Terra", disse Aigo Moraes, um dos conselheiros da Cooperativa Pantanal.
O conselheiro também acrescentou que, quanto a Ney Arruda, "tem muita coisa pesada dele e não é bem assim. Mas quem vai trazer isso às claras é a Polícia Federal", disse.
Por determinação da Justiça, a PF cumpriu, na semana que passou, mandado de busca e apreensão contra a Cooperativa. À ocasião, documentos e computadores da empresa foram apreendidos. Já Cláudio Severino Leal limitou-se a dizer que "não queremos responder por responder. Estamos apurando documentos e vamos logo, logo, mostrar quem era a pessoa que estava trabalhando conosco", uma referência ao ex-contador.
Ney Arruda detalhou a forma como, em tese, agia a diretoria da Cooperativa para justificar as dívidas ao Sistema de Cooperativas do Brasil (Sicoob). "Para cobrir o rombo eles sonegaram tributos federais, manipularam dados do Banco Central e utilizaram recursos de terceiros", frisou.
Como forma de maquiar o rombo na Cooperativa, a diretoria teria feito "contratos frios de gaveta", como forma de convencer o Banco Central de que a empresa estava fazendo empréstimos. "Era tudo fachada. Até funcionários da Cooperativa eles usaram para fazer empréstimo, mas era só pra constar, na verdade ninguém emprestava nada", afirmou Arruda, acrescentando que tudo isso era feito com a determinação da diretoria.
"A busca e apreensão feita pela Polícia Federal (em decisão do juiz Julier da Silva), foi feita após eu ter encaminhad a denúncia ao Ministério Público Federal", declarou. O contador mostrou um calhamaço de de cópias de cheques-caução de valores que variam de R$ 5,6 mil a R$ 412 mil e que nunca foram pagos, notas promissórias e farta documentação que, segundo ele, podem comprovar as irregularidades e comprometer os atuais e ex-diretores.
Esses cheques, 32 ao todo, sendo alguns em branco, foram usados para fins de financiamento de campanhas políticas de Amauri de Campos, vice-presidente da Cooperativa, candidato a deputado estadual em 1994, não eleito.
Para efeito de prestação de contas, os cheques teriam que ser devolvidos e carimbados pelos bancos para que houvesse a execução jurídica. "Só que não é interessante para eles executar ninguém não", afirmou o ex-contador.
De acordo com depoimento de Arruda à Justiça Federal, "as campanhas políticas [Campos também teria se candidatado a prefeito, em 96] fizeram com que senhor Amauri de Campos contraísse elevadas dívidas, as quais, posteriormente, foram saldadas com recursos da cooperativa".
A Cooperativa, segundo o ex-contador, por ser de pequeno porte, não tinha como saldar os custos das campanhas políticas realizadas por Campos, dívidas que somariam R$ 1,2 milhão aproximadamente.
Ney Arruda, agora de posse das cópias dos cheques-caução, estima que o rombo na Cooperativa esteja em cerca de R$ 6 milhões, valor bem maior do que os R$ 4 milhões estimados inicialmente.
A Cooperativa, sustentou Arruda, "passou a fazer liberações para custear os pagamentos das dívidas, sendo que tais liberações não seguiam os trâmites normais de administração aplicáveis aos demais cooperados".
Essas operações bancárias para pagamentos de dívidas de campanhas teriam sido avalizadas pelos membros da família Campos ou pelo próprio presidente da Cooperativa, Cláudio Severino Leal.
Amauri de Campos "era vice-presidente da Cooperativa, então tinha facilidade para conseguir liberação de dinheiro", conforme sustentou Arruda. "Já não vejo o Amauri aqui em Poconé, já há muito tempo. Ouvi dizer que ele é gerente ou presidente do Banco da Terra", disse Aigo Moraes, um dos conselheiros da Cooperativa Pantanal.
O conselheiro também acrescentou que, quanto a Ney Arruda, "tem muita coisa pesada dele e não é bem assim. Mas quem vai trazer isso às claras é a Polícia Federal", disse.
Por determinação da Justiça, a PF cumpriu, na semana que passou, mandado de busca e apreensão contra a Cooperativa. À ocasião, documentos e computadores da empresa foram apreendidos. Já Cláudio Severino Leal limitou-se a dizer que "não queremos responder por responder. Estamos apurando documentos e vamos logo, logo, mostrar quem era a pessoa que estava trabalhando conosco", uma referência ao ex-contador.
Ney Arruda detalhou a forma como, em tese, agia a diretoria da Cooperativa para justificar as dívidas ao Sistema de Cooperativas do Brasil (Sicoob). "Para cobrir o rombo eles sonegaram tributos federais, manipularam dados do Banco Central e utilizaram recursos de terceiros", frisou.
Como forma de maquiar o rombo na Cooperativa, a diretoria teria feito "contratos frios de gaveta", como forma de convencer o Banco Central de que a empresa estava fazendo empréstimos. "Era tudo fachada. Até funcionários da Cooperativa eles usaram para fazer empréstimo, mas era só pra constar, na verdade ninguém emprestava nada", afirmou Arruda, acrescentando que tudo isso era feito com a determinação da diretoria.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/363564/visualizar/
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