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Aplicações do BB batem novo recorde no Estado
Pelo quinto ano consecutivo, as aplicações para o custeio e financiamento do agronegócio estadual batem novo recorde e deverão fechar o ano com um crescimento próximo dos 40%, em relação ao volume de 2003. Até novembro o incremento supera 30%, em relação aos R$ 1,906 bilhão contabilizados até dezembro de 2003.
Segundo o superintendente regional do Banco do Brasil (BB), Dan Conrado, até 30 de novembro a Superintendência havia aplicado R$ 2,530 bilhões, "mas como existem liberações para várias modalidades do setor (linhas de crédito), a nossa previsão é alcançar cifras em torno de R$ 2,7 bilhões e R$ 2,8 bilhões, o que resultará em um crescimento de 40% e a manutenção da tradição de incremento dos últimos cinco anos para o Estado", exclama.
Restando cerca de R$ 100 milhões para serem liberados neste mês, Mato Grosso mantém a liderança nas operações via Cédula do Produto Rural (CPR), que até agora somam R$ 800 milhões. Este volume supera em quase seis vezes, os R$ 146 milhões registrados durante todo o ano de 2003.
A previsão do gerente de agronegócios da Superintendência do BB, Olímpio Vasconcelos, é de que até o final de dezembro, as cifras de CPR alcancem R$ 840 milhões. Segundo ele, dos R$ 100 milhões que restam para serem liberados, 30% são de recursos a juros controlados (8,75% ao ano) e 70% de CPRs.
Somente para o custeio da safra 04/05 o balanço até novembro revela que foram liberados pela superintendência estadual R$ 1,138 bilhão, contra R$ 1,130 bilhão do custeio da safra passada.
Além da CPR, o BB contabiliza, ainda com dados de novembro, liberações de R$ 120 milhões em Adiantamento de Contrato de Crédito (ACC) e R$ 60 milhões em Financiamento direto para importação - Finimp.
"Acredito que o mês de dezembro terá um dos maiores volumes de aplicações, pois restam liberações para várias linhas, como por exemplo para o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e do Programa de Modernização de Máquinas Agrícola (Moderfrota), é claro além de custeio e CPRs", aponta Vasconcelos.
A CRISE - Para o vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, o Banco já "começou a administrar caso a caso", uma prova disso foi a adiamento da penúltima parcela do custeio do algodão (safra 03/04), que venceu no último dia 15, para 15 de janeiro. "O BB vai ajudar os produtores. Se ainda em janeiro o mercado do algodão ainda estiver operando em baixa, o produtor não será obrigado a entregar sua produção a qualquer preço, vamos tentar adiar novamente, mas esta é uma discussão em estudo", frisa.
Com relação a crise que sinaliza o comprometimento da renda dos produtores a partir do próximo ano, justamente quando várias parcelas de financiamentos começam a vencer, Conceição enfatiza que "janeiro é o prazo limite para que o Governo (Federal) dê uma resposta. Mas, acredito também que se mantendo este quadro ruim para as commodities o Governo vai cuidar da situação sim, mesmo porque, qualquer interferência nos vencimentos do FCO e BNDES, por exemplo, só podem ser autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional", esclarece.
O produtor Eraí Scheffer Maggi, de Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá) - um dos maiores do Estado -, frisa que crise está batendo à porta. "Para mim o Governo vai esperar vencer, aí, se não houver pagamento, irá prorrogar. Não tenho dúvidas de que as autoridades vão esperar acontecer primeiro", critica.
Para ele, com este quadro, o produtor terá de se preocupar, em primeiro lugar, em saldar dívidas com origem em recursos externos, como por exemplo o ACC. "Estes financiamentos não há como estender prazos o negócio é pagar, e o resto, se o dinheiro não der, fica para depois", avalia Scheffer.
Segundo o superintendente regional do Banco do Brasil (BB), Dan Conrado, até 30 de novembro a Superintendência havia aplicado R$ 2,530 bilhões, "mas como existem liberações para várias modalidades do setor (linhas de crédito), a nossa previsão é alcançar cifras em torno de R$ 2,7 bilhões e R$ 2,8 bilhões, o que resultará em um crescimento de 40% e a manutenção da tradição de incremento dos últimos cinco anos para o Estado", exclama.
Restando cerca de R$ 100 milhões para serem liberados neste mês, Mato Grosso mantém a liderança nas operações via Cédula do Produto Rural (CPR), que até agora somam R$ 800 milhões. Este volume supera em quase seis vezes, os R$ 146 milhões registrados durante todo o ano de 2003.
A previsão do gerente de agronegócios da Superintendência do BB, Olímpio Vasconcelos, é de que até o final de dezembro, as cifras de CPR alcancem R$ 840 milhões. Segundo ele, dos R$ 100 milhões que restam para serem liberados, 30% são de recursos a juros controlados (8,75% ao ano) e 70% de CPRs.
Somente para o custeio da safra 04/05 o balanço até novembro revela que foram liberados pela superintendência estadual R$ 1,138 bilhão, contra R$ 1,130 bilhão do custeio da safra passada.
Além da CPR, o BB contabiliza, ainda com dados de novembro, liberações de R$ 120 milhões em Adiantamento de Contrato de Crédito (ACC) e R$ 60 milhões em Financiamento direto para importação - Finimp.
"Acredito que o mês de dezembro terá um dos maiores volumes de aplicações, pois restam liberações para várias linhas, como por exemplo para o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e do Programa de Modernização de Máquinas Agrícola (Moderfrota), é claro além de custeio e CPRs", aponta Vasconcelos.
A CRISE - Para o vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, o Banco já "começou a administrar caso a caso", uma prova disso foi a adiamento da penúltima parcela do custeio do algodão (safra 03/04), que venceu no último dia 15, para 15 de janeiro. "O BB vai ajudar os produtores. Se ainda em janeiro o mercado do algodão ainda estiver operando em baixa, o produtor não será obrigado a entregar sua produção a qualquer preço, vamos tentar adiar novamente, mas esta é uma discussão em estudo", frisa.
Com relação a crise que sinaliza o comprometimento da renda dos produtores a partir do próximo ano, justamente quando várias parcelas de financiamentos começam a vencer, Conceição enfatiza que "janeiro é o prazo limite para que o Governo (Federal) dê uma resposta. Mas, acredito também que se mantendo este quadro ruim para as commodities o Governo vai cuidar da situação sim, mesmo porque, qualquer interferência nos vencimentos do FCO e BNDES, por exemplo, só podem ser autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional", esclarece.
O produtor Eraí Scheffer Maggi, de Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá) - um dos maiores do Estado -, frisa que crise está batendo à porta. "Para mim o Governo vai esperar vencer, aí, se não houver pagamento, irá prorrogar. Não tenho dúvidas de que as autoridades vão esperar acontecer primeiro", critica.
Para ele, com este quadro, o produtor terá de se preocupar, em primeiro lugar, em saldar dívidas com origem em recursos externos, como por exemplo o ACC. "Estes financiamentos não há como estender prazos o negócio é pagar, e o resto, se o dinheiro não der, fica para depois", avalia Scheffer.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/363642/visualizar/
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