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Economia
Domingo - 19 de Dezembro de 2004 às 07:21
Por: Jacqueline Farid

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Rio de Janeiro - Em outubro, após cinco meses de expansão, o emprego na indústria registrou queda (-0,2%) frente a setembro, na série livre de influências sazonais, segundo divulgou hoje o IBGE. Os demais indicadores foram positivos: em relação a outubro de 2003 houve crescimento de 4,2%; o acumulado no ano ficou em 1,4% e o dos últimos doze meses, em 0,9%.

Os técnicos do IBGE observaram, no documento de divulgação da pesquisa, que "segundo o índice de média móvel trimestral, o ligeiro recuo de 0,2%, assinalado na passagem de setembro para outubro, não reverte a trajetória positiva do emprego. Este indicador encontra-se no patamar mais elevado desde o início da série histórica, iniciada em março de 2001".

Folha de pagamento

Em outubro, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, recuou 0,9% em relação ao mês de setembro, revertendo o crescimento registrado entre agosto e setembro (0,2%). Houve expansão na folha, entretanto, nos demais indicadores: 9,8% em comparação a outubro do ano passado; 9,3% no acumulado no ano e 7,6% no acumulado nos últimos 12 meses.

Segundo o documento de divulgação da pesquisa, o indicador de média móvel trimestral da folha de pagamento na indústria apontou retração de 0,2% entre os trimestres encerrados em setembro e outubro. "Apesar desta ligeira queda, este indicador mostra um quadro de virtual estabilidade desde junho", observam os técnicos da coordenação de indústria do instituto.

A pesquisa industrial de emprego e salário do IBGE revelou que, em outubro, na comparação com igual mês do ano passado, o emprego industrial (com aumento de 4,2%) manteve a seqüência de oito taxas positivas consecutivas nessa base de comparação. O número de contratações superou o de demissões em 12 dos 14 locais pesquisados, com o contingente de trabalhadores aumentando principalmente em São Paulo (4,7%) e Minas Gerais (6,6%).

Na indústria paulista, os setores de máquinas e equipamentos (24,1%) e alimentos e bebidas (11,7%) responderam pelas maiores contribuições positivas para o emprego. Em nível nacional, ante outubro do ano passado, 12 atividades expandiram o número de pessoas ocupadas. As principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (5,5%), máquinas e equipamentos (14,2%) e meios de transporte (13,7%), e os principais impactos negativos foram de produtos de metal (-4,2%) e vestuário (-1,7%).

Horas pagas

Em outubro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou em 1,3% em relação a setembro, já descontado o efeito sazonal, segundo divulgou o IBGE. Os demais indicadores da folha apresentaram crescimento: 2,8% em relação a outubro de 2003; 1,6% no acumulado no ano e 1,0% nos últimos 12 meses.

Segundo o documento de divulgação do IBGE, a redução observada no indicador mensal pode estar associada ao menor número de dias úteis em outubro de 2004 (20 dias) em relação ao de igual mês de 2003 (23 dias). "Com o aumento de 0,3% no número de horas pagas entre os trimestres encerrados em outubro e setembro, o indicador de média móvel trimestral dá continuidade à trajetória ascendente iniciada em julho de 2004", observam os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa.




Fonte: Agência Estado

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