Cúpula da PF "rejeita" inquérito de Waldomiro
Após dez meses de investigações, críticas do PT e uma denúncia rejeitada pela Justiça, o relatório foi avaliado como superficial e sem provas contundentes contra Waldomiro, indiciado por tráfico de influência e extorsão. O delegado do caso, Antonio César Fernandes Nunes, é apontado como centralizador pela cúpula da PF.
No inquérito que apurava eventuais irregularidades de Waldomiro no exercício do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, não se obteve prova de conduta ilícita. Uma sindicância interna do Planalto apontou irregularidades.
Outro inquérito diz que Waldomiro teria interferido na renegociação de contrato entre a multinacional GTech e a Caixa Econômica Federal pelo gerenciamento do sistema lotérico do país. A diretoria do banco e os executivos da GTech não foram indiciados.
Rogério Buratti, ex-secretário de governo de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto, e o jornalista Mino Pedrosa foram indiciados por extorsão e falso testemunho, respectivamente.
O inquérito sobre Waldomiro foi aberto em fevereiro, quando veio a público fita de vídeo em que ele pedia propina a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em abril, a investigação foi suspensa, pois o Ministério Público optou por enviá-la à Justiça. O juiz Cloves Barbosa Siqueira, da 10ª Vara Federal em Brasília, rejeitou a denúncia e pediu mais provas.
Os inquéritos vão agora para as mãos do Ministério Público Federal, que decidirá se denuncia Waldomiro, Buratti e Pedrosa nos crimes apontados. A GTech disse ser "vítima de tentativa de extorsão". O advogado de Waldomiro não respondeu às ligações. Pedrosa e Buratti não foram localizados, mas negam envolvimento. Nunes não foi encontrado para falar.
Comentários