Fim de seqüestro deve antecipar saída de Robinho do Santos
No início do seqüestro, Wagner Ribeiro afirmou que Robinho estaria pensando em não cumprir até o final seu contrato com o time da Vila Belmiro, que vai até janeiro de 2008.
O agente estava na Espanha negociando o futebol do santista com o Real Madri quando tomou conhecimento do desaparecimento da mãe de Robinho. Ribeiro chegou a jantar com o presidente do clube, Florentino Pérez, na véspera do seqüestro.
"Eu não tenho nem condições de falar sobre isso neste momento. Estamos todos abalados com este acontecimento e não temos palavras e nem cabeça para falar sobre transferência e valores. Eu vou para o Brasil o mais rápido possível", disse o empresário ao UOL Esporte, no fim de semana do incidente.
Naquele instante, as negociações com o clube madrilenho foram suspensas e esfriaram. Na segunda-feira, porém, ainda na Espanha, Ribeiro disse à Rádio Jovem Pan, que "é fácil chegar à conclusão de que ele deve sair antes do esperado".
"Não é hora de falar sobre isso. Mas ao mesmo tempo em que não queremos falar sobre as negociações, podemos ver que o Robinho não tem clima para continuar no Brasil. Eu tenho inveja dos espanhóis, que vivem tão bem e tranqüilamente. No Brasil tenho medo de tudo", argumentou.
Ribeiro ainda chegou a demonstrar irritação com o seqüestro da mãe do atleta. "O Robinho está tomando calmante para dormir e o pai dele está prostrado no sofá esperando contato desses maldosos. A polícia tem várias pistas e está trabalhando para resolver isso", contou.
A intenção do Real Madri é contar com Robinho a partir de julho de 2005, de acordo com o empresário. "Alguns jogadores deles estão se tornando comunitários e isso abriria algumas vagas para estrangeiros na equipe. Mas é só para julho. E o Robinho não tem mais clima para jogar no Brasil", repetiu.
Além do clube da capital espanhola, o Benfica, de Portugal, o Chelsea, da Inglaterra e o PSV Eindhoven, da Holanda, estão na briga para ter o santista na próxima temporada.
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