Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 17 de Dezembro de 2004 às 14:34
Por: James Allen

    Imprimir


Brasília - O governo federal não vai incentivar o debate sobre a sucessão presidencial em 2006, mas nem por isso vai deixar de responder às críticas da oposição. O ministro da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, disse hoje durante café da manhã com jornalistas que para o governo é impossível incentivar o debate ou pautar o governo em função da sucessão presidencial, "mas responder (às críticas) não atrapalha o governo". "Se outros partidos querem (incentivar o debate sucessório), o problema é deles". Para o governo, estimular o debate tornaria impossível governar o País, afirma.

Gushiken disse que, em 2005, o governo vai centrar esforços no que ele chamou de idéia-síntese: crescimento e emprego com distribuição de renda e democracia com inclusão social. O conceito a direcionar as ações do governo, informa, será o da governabilidade social e não apenas da governabilidade institucional. Este novo conceito, explica, inclui todos os movimentos sociais organizados. Gushiken avalia que o envolvimento das forças políticas representadas no atual governo com esses movimentos não é "um dado secundário". "Nenhum governo tem tanto relacionamento com os movimentos sociais como o nosso".

Educação e Saúde

O governo federal vai se concentrar nos setores de Educação e Saúde em 2005, disse hoje o ministro. "Essas áreas vão merecer atenção do presidente Lula com uma lupa", salientou. Gushiken citou como exemplo do interesse do presidente sobre essas áreas, em 2005 e 2006, a recomendação de Lula ao ministro da Saúde, Humberto Costa, durante a reunião ministerial deste mês, para criar um controle dos recursos do ministério "que se espalhe para baixo". "O ministro Humberto Costa tem de pensar num sistema de fiscalização e orientação do uso dos recursos", explicou ministro Gushiken.

Na área da Segurança Pública, o ministro acredita que o maior desafio do governo é sensibilizar governadores e prefeitos para a necessidade de fazer as parcerias para o combate à violência. As parcerias, afirma, dependem de uma delicada negociação política para que Estados e municípios aceitem ajuda federal. "Vamos insistir na oferta da parceria (este ano) e acho que em algum momento ela vai ser aceita", apostou.

O ministro conta como uma importante realização na área de segurança a formação da Força Federal de Segurança Pública, que já integra mil soldados. Mas só a parceria poderá garantir a integração dos programas de combate à violência, sustenta.




Fonte: Agência Estado

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/363962/visualizar/