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Sexta - 17 de Dezembro de 2004 às 11:00

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Na grande decisão do campeonato, Robinho deve ficar, mais uma vez, de fora. A chance de ele jogar contra o Vasco, domingo, em São José do Rio Preto, é mínima. Isso só aconteceria se a mãe do atacante, dona Marina, fosse libertada. Mas os seqüestradores não fazem menção de fazer isso tão cedo. A família teme, inclusive, que os bandidos usem o Natal e o réveillon para chantageá-los emocionalmente e exigir um valor ainda maior de resgate - por questões de segurança, a família pede para que a quantia não seja divulgada. O grande número de boatos na imprensa, aliás, estaria até prejudicando as negociações.

Por isso, Robinho não se sente preparado psicologicamente para atuar numa partida. E ainda mais num jogo que pode dar o título brasileiro para o Santos. O técnico Vanderlei Luxemburgo e os demais jogadores do time respeitam a posição de Robinho e, solidários, prometem dedicar o possível título ao atacante.

"Ele não tem a menor condição de jogar. Até treina e brinca com os demais colegas. Mas a cabecinha dele está toda preocupada com esse seqüestro", diz o empresário do atacante, Wagner Ribeiro. "Por isso, ele nem vai para Rio Preto".

Ficará em seu apartamento em Santos, ao lado do pai, Gilvan, e do empresário, domingo, na hora do jogo. Eles assistirão à partida contra o Vasco pela tevê, assim como já havia acontecido nos outros cinco jogos do Santos em que o atacante esteve de fora por conta do seqüestro de dona Marina.

Sobre as negociações com o futebol europeu, Wagner Ribeiro jura que não há nenhuma novidade. "Ninguém está pensando nisso agora. Só pensamos no retorno da dona Marina".

O empresário garante que nem contatos informais por telefone têm sido feitos. "Na Europa, todos estão cientes do que está se passando com o Robinho. Por isso, respeitam o momento que ele está passando", diz Ribeiro. "As negociações estão paradas agora, mas não há nada que as impeça de serem retomadas assim que a dona Marina for libertada".

Geração de Ouro - Robinho é um dos seis remanescentes do título brasileiro de 2002. Além dele, outros quatro podem deixar o clube no final do ano. Só para o atacante William, por enquanto, não há propostas. Já Elano, André Luís, Léo e até Júlio Sérgio, hoje terceiro reserva para a posição de goleiro, têm ofertas para sair.

O meia e o zagueiro têm boas propostas do futebol europeu. Já o lateral e o goleiro receberam ofertas de outros times do Brasil. A saída deles resultaria no fim de uma geração que devolveu o Santos ao topo das tabelas e encantou o Brasil com um "futebol moleque". Publicamente, Robinho, Elano, André Luís, Léo e Júlio Sérgio afirmam que gostariam de ficar no Santos. Mas pelo menos três desses cinco devem sair.




Fonte: Agência Estado

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