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Saúde
Sexta - 17 de Dezembro de 2004 às 10:29

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Entra no ar hoje, a versão on-line do Beijo da Rua, único jornal do Brasil com temática voltada para as prostitutas. Com periodicidade mensal, a publicação traz reportagens sobre o dia-a-dia das profissionais do sexo e sobre aspectos gerais de saúde, principalmente a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e HIV/Aids. O lançamento do site www.beijodarua.com.br será em Salvador, durante encontro promovido pela Associação de Prostitutas da Bahia, sobre a sustentabilidade de ações com prostituição. O jornal recebe apoio do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.

Publicado em versão impressa desde 1988, o Beijo da Rua foi criado pelo grupo Davida, uma organização de prostitutas com sede no Rio de Janeiro.

Da mesma forma que o tablóide, a versão da internet terá artigos e matérias que tratam de direitos humanos, legislação e outros temas de interesse da categoria. Cerca de 70 entidades da sociedade civil que desenvolvem ações com a prostituição distribuem o jornal gratuitamente, em 17 estados. O periódico é entregue em intervenções feitas em casas fechadas e lugares abertos.

Leitores

Quem lê o Beijo da Rua não são apenas as profissionais do sexo, mas também os que contratam seus serviços. Para Flávio Lenz, editor do jornal, é importante essa estratégia de envolver prostitutas e clientes na responsabilidade de disseminar noções de prevenção de DST e Aids.

“Uma ação importante nesse sentido é a distribuição do jornal em postos de gasolina na beira das estradas, pois os caminhoneiros são um dos principais clientes da prostituição”.

Comerciantes, membros de outros movimentos sociais e gestores de diversas áreas (como saúde, justiça e direitos humanos) completam o público leitor do tablóide. Contribuição

A versão on-line, acredita Flávio Lenz, ampliará a contribuição do jornal para um maior conhecimento da indústria do sexo e do movimento organizado nacional e internacional. “Com essa iniciativa, esperamos reduzir o estigma e a discriminação, além de fortalecer o sentimento de cidadania das profissionais do sexo”, diz o jornalista.





Fonte: Agência Saúde

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