Jornal para prostitutas terá versão on-line
Publicado em versão impressa desde 1988, o Beijo da Rua foi criado pelo grupo Davida, uma organização de prostitutas com sede no Rio de Janeiro.
Da mesma forma que o tablóide, a versão da internet terá artigos e matérias que tratam de direitos humanos, legislação e outros temas de interesse da categoria. Cerca de 70 entidades da sociedade civil que desenvolvem ações com a prostituição distribuem o jornal gratuitamente, em 17 estados. O periódico é entregue em intervenções feitas em casas fechadas e lugares abertos.
Leitores
Quem lê o Beijo da Rua não são apenas as profissionais do sexo, mas também os que contratam seus serviços. Para Flávio Lenz, editor do jornal, é importante essa estratégia de envolver prostitutas e clientes na responsabilidade de disseminar noções de prevenção de DST e Aids.
“Uma ação importante nesse sentido é a distribuição do jornal em postos de gasolina na beira das estradas, pois os caminhoneiros são um dos principais clientes da prostituição”.
Comerciantes, membros de outros movimentos sociais e gestores de diversas áreas (como saúde, justiça e direitos humanos) completam o público leitor do tablóide. Contribuição
A versão on-line, acredita Flávio Lenz, ampliará a contribuição do jornal para um maior conhecimento da indústria do sexo e do movimento organizado nacional e internacional. “Com essa iniciativa, esperamos reduzir o estigma e a discriminação, além de fortalecer o sentimento de cidadania das profissionais do sexo”, diz o jornalista.
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