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Cidades/Geral
Sexta - 17 de Dezembro de 2004 às 10:25
Por: José San Martin

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O governo de Mato Grosso economizará R$ 7,8 milhões por ano com a inauguração, ontem, da cozinha industrial na Unidade Prisional do Pascoal Ramos. O governador Blairo Maggi e outras autoridades da Segurança Pública conheceram as instalações e almoçaram no local. No cardápio havia arroz, feijão, peixe frito, pirão de peixe e salada de couve com laranja.

A cozinha funciona 24 horas há um mês, com plantões de 12 por 36 horas. Trabalham no local 25 reeducandos e 32 funcionários da empresa Nutriz, responsável pela preparação das refeições que abastecem todas as unidades prisionais da Grande Cuiabá. A cozinha tem capacidade para produzir 3 mil refeições por período, sendo 1,8 mil diariamente para o sistema.

Uma das nutricionistas responsáveis pelo cardápio, Juliana Dias Guedes, garante não haver qualquer possibilidade de contaminação dos alimentos. “O processo garante isso, pois são várias fases e tudo é controlado pela Nutriz, além do que todos os trabalhadores presos passam por uma seleção por psicólogos e supervisão do diretor”, salientou.

O superintendente do Sistema, Noi Borges Scheffer, salientou que ainda que um preso quisesse prejudicar alguém teria de direcionar o local ou a pessoa a ser atingida. E isso, segundo ele, é impossível, pois só a Nutriz tem controle sobre o destino das refeições. “Além do mais eles recebem 75% do salário mínimo (R$ 195) e diminuem um dia da pena por cada três trabalhados”, ressaltou.

Um dos reeducandos que trabalham no local, Carlos Alberto da Silva, 53, é o responsável pelo açougue, se disse realizado com a oportunidade recebida. Ele foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão dos quais terá cumprido dos terços em maio próximo.

“Trabalhar aqui faz muito bem para a gente. Você sai daquele ambiente fechado e tem a possibilidade de se ressocializar. É um trabalho puxado. Cortamos quase uma tonelada de carne diariamente e pegamos das 7h às 19h”, contou.

O diretor da penitenciária, Dilton Matos de Freitas, lembrou que, atualmente, entre 290 a 300 reeducandos, mais de 50% dos 578 presos, trabalham, seja nas fábricas de bola, calçados, cadeiras de fio, fraldas, marcenaria ou construção de casas.




Fonte: Folha do Estado

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